Depois de visitar o vulcão Quilotoa, eu achava difícil o Equador continuar me surpreendendo. Eis que chegamos a Cuenca, a terceira maior cidade do país e declarada patrimônio mundial pela Unesco desde 1999. Que delícia descobrir mais uma cidade colonial tão bonita e bem preservada na América Latina! Foi um dos pontos altos da viagem 🙂

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Cuenca, o coração do Equador

Cuenca tem praticamente a mesma idade do Brasil e foi fundada em 1557 como a capital da província de Azuay. Ela está a mais de 400 km de distância de Quito e fica em um vale a ~apenas~ 2.500 metros acima do nível do mar. Confesso que foi um alivio para os efeitos do soroche que senti durante toda a viagem.

Seu centro é repleto de igrejas, museus, prédios históricos, mercados populares e praças que formam um conjunto muito interessante de se conhecer caminhando meio sem rumo. Dizem que a cidade conta com 52 igrejas.

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O que fazer em Cuenca?

A Catedral de Concepção Imaculada ou Catedral Nova, o Parque Abdón Calderón, a Igreja de San Francisco, a Catedral Antiga, os Monastérios Assunção, a Igreja de Carmen de la Asunción, a Igreja de Santo Domingo e a Praça das Flores são “alguns” dos grandes cartões postais do centro de Cuenca.

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O programa mais imperdível da cidade é uma visita ao Mercado 10 de Agosto, na Calle Larga y General Torres. Lá você vai encontrar produtos típicos, como frutas e temperos diferentes, e um bocado de pratos regionais, como a versão equatoriana do chicharón peruano, um prato à base de carne de porco e especiarias. As cores e os aromas são impressionantes.

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No quesito bons museus, a cidade também não deixa nada a desejar. Vale conhecer o Museu del Banco Central, com um acervo de arte sacra e descobertas arqueológicas da região e o Museu de las Culturas Aborígenes.

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Dona de um nome completo bem grandão – Santa Ana de los Ríos de Cuenca – a cidade também guarda um dos maiores orgulhos do país, os famosos chapéus Panamá. Isso mesmo! Esse estilo de chapéu é originário de Cuenca e não é feito no Panamá, mas sim no Equador, sendo é exportado para o mundo todo, com preços que variam de 90 a mil dólares cada peça.

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O processo de manufatura do chapéu original é quase tão complexo quanto a lapidação de uma joia e a principal fábrica da cidade já fez a cabeça de muitas celebridades internacionais, principalmente as peças fabricadas na Homero Ortega.

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A ideia era também visitar o Parque Nacional de Cajas, que fica a 40 km da cidade, famoso por guardar cenários belíssimos como grandes lagos e mirantes para observação de pássaros, mas não conseguimos chegar até lá por instabilidade do clima. Vá com calma por ali, já que a altitude volta a dar sinais em alguns pontos do parque que passam dos 4.400 metros.

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Onde ficar em Cuenca?

Aqui não tem muito erro: ficar no Centro Histórico vai ser a melhor escolha, afinal você estará no coração do burburinho turístico, não vai depender de vans coletivas ou táxis e ainda poderá sair pra jantar numa boa e ver a iluminação noturna que é linda.

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Eu fiquei no San Juan Hotel, bem pertinho da catedral nova, porém tive que encarar um banho frio a noite e um wi-fi que oscilava bastante. Fora isso, a decoração segue o mesmo conceito dos principais hotéis da cidade e de Quito: muita madeira, tons escuros e cortinas pesadas – tudo para entrar num clima mais colonial.

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Simulei algumas reservas para abril e fiquei surpresa com os valores das diárias, consegui encontrar bons hotéis na faixa entre 50 e 70 dólares com café da manhã, wi-fi e cancelamento grátis.

Aí vão algumas sugestões baseadas nos critérios: localização, boas avaliações de hóspedes, wi-fi, café da manhã e uma pitadinha de personalidade:

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Como chegar em Cuenca?

A Tame – a empresa de aviação do Equador – não opera mais voos diretos na rota São Paulo-Quito. Eles foram suspensos no começo de 2016, por isso, provavelmente o trajeto mais curto será voando com a Avianca via Lima ou Bogotá.

Viajar de Quito até Cuenca por terra não me parece uma boa ideia. Apesar do Google Maps indicar cerca de 8 horas nesse percurso, eu não alugaria carro no país e nem encararia a viagem de ônibus que pode passar facilmente das 10 horas. Vá de avião, o trecho dura o mesmo que uma ponte-aérea: 50 minutinhos.

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Para se locomover na cidade, caminhe bastante pelo Centro Histórico – afinal as atrações são bem próximas umas das outras – e para programas mais afastados, como o mirante ou a fábrica de chapéu panamá, negocie com um taxi antes de entrar no carro, da mesma maneira que você faria numa viagem ao Peru.

Lembre-se sempre que a moeda oficial adotada no país é o dólar americano, por isso, tenha em mãos algumas notas trocadas. Muitos lugares não aceitam notas grandes e falam que não tem troco suficiente.

Clique aqui para conferir todas as nossas dicas e roteiros do Equador \o/

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O Sundaycooks viajou a convite do ministério do turismo do Equador.