ALTER DO CHÃO
12 de outubro de 2013
Sendo bem direto e sério, porque a ocasião exige: se você fizer essa mesma viagem entre Belém e Manaus, não faça o trajeto de uma vez só. Divida a jornada em duas partes e aproveite para passar alguns dias em um pedacinho do paraíso.
Para fazer isso, compre uma passagem de Belém para Santarém, desça, vá até um lugar chamado Alter do Chão, passe uma vida inteira lá e depois siga adiante com outra passagem de Santarém até Manaus.
Duas pessoas muito influentes na minha vida de viajante já haviam dito que eu precisava conhecer essa cidade. Então, quando soube que o barco faria sua única parada relativamente longa justamente em Santarém, fui atrás de informações sobre a possibilidade de ir até Alter do Chão. Dona Vitória, a camareira-chefe que eu citei no primeiro post, é de Santarém e foi enfática: “É pouco tempo, mas dá para ir, é fácil e você precisa conhecer”.
O tempo realmente foi curto, muito curto, curtíssimo. A viagem entre Santarém e Alter do Chão leva aproximadamente 30 minutos. Mesmo levantando cedo e encontrando um taxista gente finíssima logo na frente do porto, acabei passando apenas duas horas no paraíso, que também é conhecido como “o Caribe da Amazônia” e já foi eleito por jornais gringos como uma das praias mais lindas do mundo.
Mas foram duas horas inesquecíveis, com seus 120 minutos divididos entre 15 caminhando pela areia branca até uma ponta da Praia do Cajueiro, outros 15 ao redor da praça principal da cidade e 90 boiando nas águas calmas, mornas e transparentes do Rio Tapajós.
Aliás, se não fosse pela água doce, ninguém diria que Alter do Chão é uma praia de rio. Com a outra margem lá no fundo, quase imperceptível, a impressão que se tem é de mar aberto mesmo.
Não tive tempo para pegar o barquinhos que levam até a península que quase encosta na margem no centro da cidade, nem tive tempo de me aprofundar nas ruazinhas próximas. Mas tudo bem. Eu voltarei com muita calma em um futuro que, espero, chegue logo. Talvez em outra viagem entre Belém em Manaus. Ou entre Manaus e Belém, para mudar um pouco as coisas.
Leia também:
• Belém-Manaus de barco regional – 1º dia
• Belém-Manaus de barco regional – 2º dia
• Belém-Manaus de barco regional – 3º dia
Comentários
Endosso enfaticamente o primeiro parágrafo desse post.
Fiz assim e foi maravilhoso!
=))) Você fez o certo, Carmem!
Estou amando esses relatos e já pensando em fazer esta Viagem. Obrigado por me fazer viajar nessa Viagem rs….
Foi uma pena você ter ficado apenas duas horas em Alter do Chão. Morei em Belém durante quase 2 anos, e pudemos conhecer muito da região norte. Em 2005, nas férias fiz um roteiro com minha família, tive muita dificuldade, pois na época não tinha quase nenhuma agência de turismo. Mas, tinha um sonho de navegar pelo rio Amazonas e conhecer Alter do Chão. Voamos de Belém para Manaus, onde ficamos uma semana, depois pegamos esse mesmo navio regional(nem acredito que revi as cabines) e descemos em Santarém. Fizemos nossa base em Alter do Chão, no Beloalter, hotel a beira de um lago, deslumbrante! Todo dia pegávamos um barco e íamos para diferentes lugares, Em um deles, viajamos duas horas de barco pelo Tocantins para fazer uma trilha pela Flona – Floresta Amazônica, Na volta, pegamos um avião Santarém-Belém, pois não é muito recomendado entrar no oceano via rio Amazonas. Inesquecível! Amei reviver essa viagem!