Quando os amigos Natalie Soares e Fred Marvila, do Sundaycooks, me perguntaram se eu poderia fazer uma road trip pela costa da Califórnia, calculo que levei cerca de meio segundo para dizer “sim”.

Nesse ínfimo período de tempo, vieram-me à cabeça uma meia-dúzia de lembranças e imagens. A começar pela de um amigo americano, vinte anos atrás, falando sobre o espetáculo que era trilhar a Pacific Coast Highway, com seus cenários repletos de praias e penhascos, surfistas e pousadinhas idílicas, kombis à moda hippie e carrões bem ao estilo ianque.

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Depois, a possibilidade de, enfim, conhecer e escrever sobre São Francisco, com Alcatraz, os bondinhos, as ladeiras, a Golden Gate Bridge e, claro, o novíssimo estádio do San Francisco 49ers – sede do próximo Super Bowl (o maior evento do esporte nos Estados Unidos). Para quem não sabe, eu sou também comentarista de futebol americano na ESPN, aqui no Brasil.

Por isso, você, leitor do Sundaycooks, pode imaginar a carga de emoção que tomou conta de um viajante como eu, que já foi à Antártica e ao Ártico, mas que nunca havia pisado nesse lugar tão “comum” no leque dos travel writers.

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Dá para curtir em dois dias? Sim!

Passei apenas dois dias em São Francisco. Uma vez lá, percebi que seria suficiente para conhecer a ponto de mostrar que, mesmo num período tão curto, dá para se maravilhar com a cidade.

O voo da American Airlines via Los Angeles, de 12 horas, pode ser cansativo, mas, a conexão rápida, permite que você desça do avião logo pela manhã, largue as malas no hotel e vá direto curtir a metrópole.

Nesse período pudemos avaliar outras opções, a começar pelo Uber, que funcionou de modo perfeito todas as vezes em que o utilizamos.

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Onde se hospedar?

Nosso hotel, o Palomar, da rede Kimpton, fica em Downtown, ao lado da estação de metrô Powell Street, a 500 metros do San Francisco Museum of Modern Art e a 10 minutos de caminhada da famosa Chinatown. É um hotel-boutique, pequeno e muito charmoso, com coisas bacanas como as bicicletas à disposição dos hóspedes no lobby.

Por sinal, hospedar-se nessa área é ideal para quem gosta de conhecer muitas atrações pedalando ou a pé. Foi o que fizemos logo ao chegar, saindo para um passeio pelas imediações das badaladas Mission Street e Market Street.

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Primeiro dia: Coit Tower e Fisherman’s Wharf

Market Street, Mission Street e Yerba Buena

O contraste dos edifícios modernos envidraçados com algumas construções centenárias e com o verde do parque Yerba Buena Gardens me deixou com “dedos nervosos” na câmera: é um clique mais inspirado que o outro por ali. Principalmente se você colocar no enquadramento a bela St. Patrick Church, uma catedral católica em estilo gótico, inaugurada em 1851.

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Aos fins de semana, Yerba Buena sedia shows ao ar livre e fica apinhado de gente passando para cá e para lá em busca das atrações que o parque envolve, como o Yerba Buena Center for the Arts e o Yerba Buena Ice Skating Center – único rinque indoor de patinação no gelo da cidade.

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Almoço saudável, à moda californiana

Paramos para almoçar em um restaurante que sintetiza o espírito de São Francisco. É o Samovar, de frente para a igreja de St. Patrick. Ambiente descolado, comida natural, saudável, somente com ingredientes orgânicos, pouca carne, menos gordura ainda e muita criatividade.

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Confesso que eu, um inveterado fã de junk food, torci o nariz ao ver o cardápio. Fiquei feliz posteriormente, ao perceber que estava enganado.

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Quase todos os pratos são harmonizados, acredite, com chás. Aliás, muitas opções do menu levam chás na preparação. Que tal um “tea smoked chicken salad sandwich”? Sim, um sanduíche no prato, com frango marinado no chá, pesto de manjericão, cheddar, cebola vermelha, maionese light, azeite e rúcula – por US$ 14. Harmonizado com o “Tolstoy’s Sip”, um drinque feito de chá preto da Rússia, amoras secas e morango – a US$ 10.

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Se você for ao Samovar, vale dizer, não deixe de pedir uma das entradas. Nosso grupo devorou o “Share Platter”, que vem com vários queijos locais, presunto cru, picles, torradas de frutas secas, geleias de figo, frutas e alcaparras – por US$ 17.

Veja também outras opções de restaurantes:

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Coit Tower: São Francisco vista do alto

O afago no paladar nos deu forças para sair à primeira atração obrigatória da cidade: a histórica Coit Tower, com sua vista panorâmica de toda a região.

Se você gosta de caminhar, dá para ir a pé partindo da Market Street. São cerca de 35 minutos andando, o que lhe garante uma intimidade maior com o cenário.

Mas não esqueça que São Francisco é repleta de subidas e descidas! Os menos afeitos a exercícios, como eu, podem optar pelo transporte público. O ônibus 8AX, por exemplo, sai de Yerba Buena e faz o percurso em 25 minutos, com a passagem custando US$ 2,50.

Ou, ainda, pegar o charmoso Historic Street Car – o bondinho que passa por toda a Market Street e pela região das docas. Basta descer na esquina da Embarcadero com Greenwhichpor US$ 6.

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Para saber como se locomover na cidade, veja as informações oficiais no site da cidade.

Atenção: em todos os casos, você terá que fazer os últimos 500 metros a pé, em uma ladeira tão bonita quanto cansativa – a Telegraph Hill, como é conhecida.

Construída em 1933, em estilo art deco, a Coit Tower já é bacana de ver pelo lado de fora. Por dentro então, nem se fala… Seus 64 metros de altura, somados aos 84 metros acima do nível do mar da própria Telegraph Hill, garantem ao visitante um ponto de vista absolutamente privilegiado, com 360 graus de cenários franciscanos para encher os olhos.

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Dá para avistar a ponte Golden Gate, a Bay Bridge, a zona portuária de Embarcadero, as famosas ladeiras, a ilha de Alcatraz e muito mais.

A entrada custa US$ 8 e inclui a visita aos murais do andar térreo. Para mim, eles foram a grande surpresa. Trata-se de uma obra de arte coletiva, realizada na época do New Deal – a política do governo dos Estados Unidos para garantir empregos e restabelecer a economia no começo dos anos 1930, em plena Grande Depressão. Tudo em um estilo raríssimo na terra do Tio Sam: o realismo socialista.

Intrigante que esses murais tenham resistido ao tempo e à política – a única obra similar que eu já havia visto nos Estados Unidos está no prédio antigo do aeroporto de La Guardia, em Nova York, e, por mais de quatro décadas ela ficou escondida atrás de uma camada de tinta branca por ser considerada “propaganda comunista”.

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Fisherman’s Wharf: museus e gastronomia

Minha visita à Coit Tower aconteceu num horário especial, perto do por do Sol, o que garantiu fotos ainda mais românticas de São Francisco.

Mas esse horário também despertou… o estômago! Após uma rápida passada pelo hotel, tomamos um Uber para o Fisherman’s Wharf. Essa região de docas é a melhor opção para quem ama frutos do mar.

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Na verdade, é muito mais que isso. Fisherman’s Wharf se tornou, ao longo do tempo, uma das maiores atrações da metrópole. Ali despontam o museu de cera Madame Tussauds e o já manjado Ripley’s Believe It or Not!.

Tem também o Aquarium of the Bay e o Pier 39 – um shopping a céu aberto e à beira mar, onde – acredite se quiser – se estabeleceu uma colônia de leões marinhos. Eles ficam amontoados no píer, para delírio da criançada.

Sem contar o submarino da Segunda Guerra Mundial USS Pampanito e o navio do Século 19 USS Balclutha – ambos transformados em museus flutuantes.

Veja também: Pier 39 e Fisherman’s Wharf em São Francisco

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Dentre as mais de 30 opções de restaurantes nas imediações, escolhemos o Scoma’s, estrategicamente instalado num dos píeres e debruçado sobre os barcos de pesca, lanchas e iates ali ancorados.

Esse restaurante é um clássico de São Francisco, inaugurado por dois descendentes de italianos em 1965, quando tinha apenas seis lugares! Nesses cinquenta anos, cresceu no tamanho e na fama. Ganhou prêmios e está sempre lotado, graças à sua cozinha mezzo italiana, mezzo americana.

Minha inconveniente alergia a frutos do mar me impediu de experimentar os clássicos do lugar, mas os companheiros de jornada se deliciaram com pratos como a Pasta Diplomática – um macarrão que leva lagosta, camarões enormes e mexilhões, com tempero mediterrâneo – a US$ 40.

Depois da comilança, aproveite para passear pela orla iluminada por néons coloridos, com um eterno clima de festa.

Arte e Ciência no Golden Gate Park em São Francisco

Os jardins do Golden Gate Park em São Francisco

O segundo dia: Alcatraz, Levi’s stadium e Golden Gate

Na minha segunda manhã em São Francisco, fui a outro dos passeios obrigatórios: Alcatraz.

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Para chegar lá, é preciso tomar um ferry da Alcatraz Cruises, no Pier 33. O passeio básico custa US$ 30 por pessoa, mas há opções mais caras, como o tour noturno e aquele que inclui Angel Island.

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Após meia hora, chegamos à folclórica ilha, hoje transformada em museu. Entre 1934 e 1963, ali funcionou o presídio que abrigou alguns dos mais famosos gângsteres americanos, como Al Capone. Mas isso é apenas parte de sua história.

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Minha primeira surpresa foi com o tamanho. Eu sempre havia imaginado que fosse uma ilhota, com um prédio para os presos e nada mais. Engano: Alcatraz é grande. Tem 190 mil metros quadrados, o que equivale a 46 campos de futebol. Por isso, é um santuário de aves marinhas e revela penhascos e belas formações rochosas.

Também teve muita história antes e depois do presídio. Quando os espanhóis a descobriram, em 1769, era a morada de nada menos que 10 mil índios. Depois, em 1848, converteu-se em uma fortaleza militar já pertencente aos Estados Unidos. Por fim, em 1969, quando estava abandonada, foi novamente ocupada por milhares de nativos americanos que ali se estabeleceram por três anos, vivendo como uma comunidade alternativa que desafiava o poder do governo. Só no começo dos anos 70 é que o Estado da Califórnia decidiu retomá-la e transformá-la em museu.

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O presídio fica na parte alta da ilha, o que demanda uma caminhada de 15 minutos – sempre colina acima. Mas os americanos pensam em tudo: há um trenzinho que leva idosos, crianças pequenas, deficientes físicos e, quando sobra lugar, também os preguiçosos, como eu.

Conversando com os gângsteres

Uma vez na prisão, você ganha um aparelho para o áudio-tour, que é bastante criativo, com narrações em primeira pessoa, como se você estivesse conversando com os guardas e prisioneiros da época.

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Ah, existe a opção em “português de Google translator”, caso você não seja muito fluente em inglês. São cerca de 45 minutos de andanças pelos corredores, celas, pátios e refeitório, com direito a conhecer todas as histórias dos bandidos, das tentativas de fugas, das rebeliões e da vida cotidiana da “rocha”, como muitos americanos chamam a ilha.

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No final, dá para aproveitar a vista de São Francisco ao longe e tirar belas fotos desse ângulo da cidade.

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Levi’s – um estádio que vale a visita

Parti para um programa diferente, que poucos brasileiros imaginariam: conhecer um estádio de futebol americano. Aqui, você deve estar com duas questões na mente:

  1. Por que diabos ele foi ver um estádio?
  2. Por que diabos eu devo ir ver um estádio?

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A primeira é fácil: eu sou fanático por futebol americano, a ponto de ter me tornado comentarista desse esporte nos canais ESPN, como disse lá no começo desta reportagem (espero você em setembro, quando começa a temporada!). Nota do editora: Nós estaremos lá 😀

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A segunda pergunta eu respondo de forma mais detalhada. Goste você de esportes ou não, entenda você de futebol americano ou não, essa visita vale a pena! Porque nos Estados Unidos o conceito de “estádio esportivo” é bem diferente do nosso.

E, nesse caso, não se tratava de qualquer estádio. É o moderníssimo Levi’s Stadium, inaugurado em 2014 e palco do próximo Super Bowl, marcado para 7 de fevereiro de 2016.

Jardins e discoteca na arquibancada

Após dirigir cerca de 45 minutos até o distrito vizinho de Santa Clara, me deparei com uma tremenda obra de engenharia, que custou US$ 1,2 bilhão para ser construída. O Levi’s Stadium comporta 69 mil torcedores, com direito a jardins no telhado – sim, há uma espécie de parque na cobertura do estádio.

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Ali, enveredei por um tour guiado (US$ 35) que revela muito mais do que um gramado e uma arquibancada. Minha guia, uma simpática senhora de 60 anos, levou a mim e a outros turistas para ver de perto o restaurante de primeira categoria, o Bourbon Steak, a discoteca (sim, tem uma dentro do estádio!), a galeria de arte (de temática esportiva, claro), os espaços para eventos, os bares e a loja de produtos do time San Francisco 49ers, com nada menos que 1300 metros quadrados – ou seja, metade do tamanho do próprio campo de jogo.

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Para ter ideia da grandiosidade da coisa, basta dizer que a sala de aquecimento das cheerleaders é maior e mais moderna do que qualquer vestiário de clube de futebol que já visitei no Brasil.

E o estádio ainda tem um museu gigantesco, com áreas interativas, telões, games, estátuas dos grandes astros do clube e os 5 troféus de Super Bowl que os 49ers já conquistaram. Que me desculpem os torcedores de Corinthians, Palmeiras, Flamengo e companhia, mas bota no chinelo qualquer arena brasileira

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Rapidinho pelo centro e… Golden Gate!

Na volta do estádio, aproveitei para dirigir por São Francisco, trilhando suas porções mais famosas, como Chinatown e o bairro LGBT de Castro.

Aliás, dirigir por lá é fácil. Difícil é estacionar nessa cidade tão adensada, onde achar vaga é tarefa para sortudos – tenha isso em mente caso queira alugar um carro.

Terminei minha jornada pela metrópole californiana naquele que talvez seja seu maior ícone: a Golden Gate Bridge.

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Inaugurada em 1937, com 2,7 km de extensão, a ponte liga São Francisco à pacata Sausalito, cruzando a saída da Baía para o Oceano Pacífico.

Entre 1937 e 1964, deteve o recorde de ponte suspensa mais longa do mundo. E hoje, no território americano, só perde para a ponte Verrazano-Narrows, de Nova York. Seu vão livre tem 67 metros e as torres de sustentação alcançam assombrosos 230 metros acima do nível do mar.

Mais do que os números e datas, o que impressiona por ali é sua beleza, imortalizada em diversos filmes e músicas. E também a quantidade de pedestres e ciclistas que a atravessam a todo momento, em faixas especialmente criadas para eles (vale lembrar que passantes e bicicletas não são admitidos antes do alvorecer ou depois do por do sol – consulte os horários no site oficial).

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No lado de São Francisco, há um “visitors center”, também chamado de Golden Gate Pavillion. Não é muito grande, mas vale a pena dar uma paradinha para conhecer ali a história da construção, os fatos pitorescos que envolvem a ponte e também para tomar um café ou comprar suvenires – se essa é a sua pegada.

Roteiro de bicicleta por São Francisco

Golden Gate: a ponte mais famosa do mundo

Conhecendo o Palace of Fine Arts de São Francisco

Onde tirar “a foto da viagem”

Eu gostei mais do “vista point”, o mirante localizado logo após a travessia, já no caminho de Sausalito. É um lugar ímpar para fazer aquela foto especial com a ponte ao fundo. Também dá para ter uma bela visão de toda a Baía e da cidade, além da simpática Horseshoe Bay, logo abaixo. Sempre, claro, com direito àqueles binóculos que funcionam com moedas, bem ao estilo americano.

Se você estiver de bike – e tiver fôlego – pode ainda desbravar um pouco da enorme área verde que fica após a ponte, a Golden Gate National Recreation Area, com suas estradinhas idílicas, cheias de curvas e sobe-e-desce.

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E aqui uma dica meteorológica que vai lembrar sua mãe: leve um agasalho! Exceto pelo ápice do verão, em julho e agosto, São Francisco sempre tem uma brisa fria percorrendo suas ruas e avenidas. Na Golden Gate então, o vento é mais intenso, graças à proximidade com a imensidão do Pacífico.

Como eu estava de carro, estiquei até o centrinho de Sausalito, uma cidadezinha hipersimpática e pacata, repleta de mansões e bons restaurantes – que nem de longe parece estar grudada a uma metrópole vibrante como São Francisco.

Completar a jornada ali, tomando um bom vinho californiano e repassando na memória tudo de bacana que essa região oferece, é uma experiência para guardar eternamente.

Paulo viajou a convite do Visit California representando o Sundaycooks.

Paulo Mancha D’Amaro

[one_half]Paulo Mancha D'Amaro[/one_half]
[one_half_last]É jornalista e comentarista esportivo dos canais ESPN. Foi editor chefe da Revista Viajar pelo Mundo e repórter das revistas Terra e Próxima Viagem. Desde 2003, fez mais de 30 reportagens internacionais e ganhou em duas ocasiões o Prêmio de Melhor Reportagem da Comissão Europeia de Turismo. Dirige o blog Viajando Por Esporte.[/one_half_last]