Comidas típicas de Sergipe

Viajar e provar sabores típicos é um dos meus programas favoritos e essa passagem pelo Sergipe não poderia ser diferente. Provei o que tem de melhor na mesa do sergipano e voltei para casa com a mala cheia de doces, castanhas e pimentas.

Comidas típicas de Sergipe

Para montar a seleção de pratos típicos de Sergipe, optei por deixar de fora clássicos da cozinha nordestina amplamente consumidos nos outros estados também como moqueca, farofa, caldinho, tapioca, caranguejo, sarapatel, mungunzá, etc.

É hora de conhecer a queijada, o manauê, a bolachinha de goma, o doce de pimenta-do-reino, o pé-de-moleque de massa de puba, o beiju de tapioca, o amendoim verde cozido, o malcasado e o saroio, pratos típicos tombados como patrimônio imaterial de Sergipe.

Feijoada Sergipana

Sabia que a feijoada feita com feijão-preto? Por aqui, é chamada de “feijoada carioca”. O Sergipe tem sua própria versão autoral feita com feijão-fradinho, verduras, legumes, charque, cortes de carne de porco e vaca e linguiças. Basicamente, você pode fazer um grande ensopado encorpado em temperos com o que tiver na geladeira.

Aratu

Tilápia, pescada-branca e amarela e robalo são alguns dos peixes muito consumidos em Sergipe. É claro que camarão e caranguejo também não ficam de fora. Mas já ouviu falar em Aratu? Aratu é da família do caranguejo e tem um sabor mais marcante. Provei aratu no pastel, na pizza e com molho refogado e estava uma delícia.

Pé de Moleque

Nada de amendoim. Esqueça a versão da festa junina de São Paulo. O pé de moleque em Sergipe é um doce típico feito à base de coco, açúcar e massa de puba enrolada na folha de bananeira

Mas afinal de contas, o que é farinha de puba? Também conhecida como farinha de carimã, é um subproduto derivado da mandioca feito num processo de fermentação da raiz. Acredita-se que esse doce sergipano teve influência das tradições indígenas.

Queijada

Para tudo. Dentre tantas comidas típicas de Sergipe, se você pudesse provar apenas um único doce, recomendo que seja a queijada. Também conhecida como queijadinha, esse doce tem raízes portuguesas e leva ovo e queijo, mas na versão de Sergipe o queijo dá lugar ao coco.

Essa sobremesa tão abrasileirada retoma aos tempos da escravidão na região de São Cristóvão, antiga capital de Sergipe. E o melhor lugar para provar essa iguaria é na Casa da Queijada da Dona Marieta, em São Cristóvão. Ela segue a mesma receita que sua bisavó fazia há 200 anos. Seu doce foi tombado como patrimônio imaterial da cidade e de Sergipe.

Beiju molhado

Ousada que sou, quero testar essa iguaria em casa. O beijo molhado desafia nossa habilidade de descrição. É um doce suave feito a base de farinha de tapioca, uma pitada de sal, açúcar, leite de coco natural e folha da bananeira. Isso aqui com uma xícara de café é o resumo do porquê é bom demais ser brasileiro.

Saroio

O saroio lembra o beiju e é feito com fécula da mandioca, coco ralado, sal e açúcar. Sua forma arredondada lembra um hambúrguer. Depois, é só levar para uma chapa e deixar dar aquela tostadinha nos dois lados por dois minutos.

Malcasado

O malcasado é uma mistura da goma de tapioca, coco ralado, sal e açúcar. Ele vai ao forno e é assado coberto com uma folha de bananeira.

Manuê

Algumas fontes dizem que essa receita é do tempo do Brasil Colônia. O manuê é um bolo que pode ser feito com milho ralado ou puba e leva também leite de coco e açúcar. Depois é só colocar no forno e aproveitar.

Espécie

Típico da cidade de Frei Paulo, interior do Sergipe, o doce de pimenta-do-reino chamado de espécie lembra uma cocadinha. É feito com farinha, amendoim torrado e triturado, açúcar e pimenta-do-reino. Faz uma calda misturando os ingredientes e depois serve cortando os pedacinhos como doce de corte.

Pisa macio

Criada em São Cristóvão, em 1985, a cachaça Pisa Macio já virou bem cultural e imaterial de Sergipe. Ela leva cravo, canela, mel, limão, álcool e um ingrediente secreto que ninguém da família do criador revela. Isso aqui deve acabar com qualquer gripe e resfriado!

A bebida é muito consumida durante o Festival de Artes que acontece todos os anos na cidade. O endereço oficial para comprar uma garrafa de souvenir fica na Rua Engenheiro Boto de Barros, 32.

Natalie viajou a convite da Secretaria de Turismo de Sergipe