Nossa correspondente especial, a Dona Sônia (também conhecida como mãe da Natalie e sogra do Fred) acabou de voltar de Diamantina e preparou alguns posts com dicas especiais para quem pretende conhecer essa bela cidade histórica de Minas Gerais.
Você já pensou em conhecer a região da Serra do Espinhaço em Minas Gerais?
Meu próximo destino será Diamantina. Prepare-se pois a viagem é relativamente longa, mas cada trecho percorrido revela uma beleza em constante modificação.
Saindo de Belo Horizonte, Diamantina se encontra a 298 km de distância, mas não se engane pela quilometragem, a viagem dura cerca de cinco horas dependendo do meio de transporte. Esse tempo gasto é culpa do último terço da viagem que acontece em um percurso de serra com muitos caminhões trafegando.
Estamos em plena Serra do Espinhaço, na verdade, um conjunto de serras que alguns geógrafos denominam como a cordilheira brasileira, cortando nosso território no sentido Norte-Sul, de Minas Gerais até a Bahia, em seus mais de 1000 km de extensão.
Serra do Cipó, Chapada Diamantina, Serra dos Cristais, Serra de Ouro Branco, Serra Geral são alguns de seus trechos popularmente mais conhecidos.
A primeira visão do centro histórico de Diamantina, com a Serra dos Cristais ao fundo é encantadora. Se você der sorte e chegar à cidade no fim da tarde poderá ter uma visão dourada da Serra, se for verão, e uma visão prateada se for inverno.
Diamantina, terra de Chica da Silva, do inconfidente Padre Rolim e do presidente Juscelino Kubitscheck, possui um expressivo acervo histórico, o que lhe conferiu o título de Patrimônio Histórico da Humanidade.
O Arraial do Tijuco foi fundado em 1713 por bandeirantes que garimpavam o ouro. O nome Tijuco – lama na linguagem indígena – deriva do “pântano” criado pelos mineradores que se estabeleceram e garimparam às margens do Rio Grande.
Embora Diamantina tenha um traçado urbano único, ela também possui ruas tortuosas e intrincadas como as cidades medievais portuguesas, onde as casas estabeleciam o traçado das ruas entre alargamentos e estreitamentos.
Para conhecer essas peculiaridades de Diamantina, que surgiram devido ao isolamento imposto de duas formas: pela distância dos maiores centros e pela imposição da metrópole portuguesa, você deverá esquecer o relógio e o celular. Aproveite o tempo, observe os detalhes da cidade, e você voltará do séc. XVIII, com energia renovada para enfrentar o séc. XXI.
Para chegar lá
De carro
Saindo de Belo Horizonte pela BR 040, sentido Brasília, na altura de Paraopeba, faça uma parada no recanto Leite ao Pé da Vaca, continue a viagem até a saída para Montes Claros, trafegue na rodovia BR 135 até a entrada de Curvelo, a partir daí percorra a BR 259 até Diamantina. Nesse trecho, você percorrerá cerca de 134 km, em aproximadamente 2h e passará por três trechos de serra, em minha opinião a parte mais bonita da viagem.
De ônibus
São Paulo – Diamantina: Empresa Gontijo – saída do Terminal Tietê – diariamente, mas às quartas feiras há uma série de horários de ônibus convencionais e um horário leito, com partida às 22h30. E, não me pergunte por que, a viagem é mais barata nessa data 😛
Belo Horizonte – Diamantina: Empresa Pássaro Verde – diariamente, em cinco horários diferentes, o horário das 11h30, lhe permitirá chegar a Diamantina ao final da tarde.
De avião
Belo Horizonte – Diamantina – Trip Linhas Aéreas – somente aos finais de semana, e com saída do Aeroporto da Pampulha.
Ah, Diamantina… Além de linda, é uma cidade viva, cheia de gente, e não apenas uma relíquia histórica. Adoro!
Camila, esse realmente é um dos traços mais marcantes de Diamantina, sua gente. Tanto do séc. XXI como do XVIII. Embora pareça ter parado no tempo, ela pulsa no bater do coração de diamante. Sou suspeita em falar de Diamantina, gosto muito de lá… muito mais do que Tiradentes…
Como se a beleza e o aconchego da cidade não bastassem, Diamantina tem tambem um dos melhores restaurantes árabes em que já comi! O Al Árabe.
Tenho boas lembranças de Diamantina, local de férias de infância, na casa de uma tia. Já faz um bom tempo que não volto mas indico, com certeza, a Vesperata, que acontece em algumas noites de sábado, durante o ano.
Se estiver de carro, dê uma entradinha em Curvelo e conheça a Basílica de São Geraldo (Geraldinho para os íntimos) mas não sem antes dar um alô pro Tunico (Santo Antônio), porque senão ele fica com ciúmes. rsrsrs. À esquerda da basílica, quase atrás dela, tem a sede da ONG Dedo de Gente. Eles fazem umas peças de ferro bem legais, além de doces, geléias, licores, etc.
O site parou no tempo?. Que pena! Diamantina É LINDA!
Oi, Nelson.
Sim, a cidade é realmente linda, mas infelizmente o texto está desatualizado.
DIAMANTINA
Essa terra preciosa
Era a joia colonial.
Sua riqueza valiosa
Era cobiça imperial.
Sua história graciosa
É a testemunha real.
Nem tudo foi flor,
Nessa mineração.
O escravo teve dor,
Ao qual, peço perdão,
Mas teve muito amor
Com Chica e o Barão.
O diamante foi riqueza,
E restaram os sobrados,
Igreja com sua beleza,
Vesperata com dobrados.
Nova Mykonos, com certeza,
Deixa todos deslumbrados.
Na história da educação
É referência nacional.
Seu estilo de construção
É patrimônio mundial.
O filho de maior projeção
Deu ao Brasil sua capital.
Autor: Sebastião Santos Silva de Urandi-Bahia
Que bonito!