“We wander for distraction, but we travel for fulfillment.” -Hilaire Belloc
Observar o tempo passar em um lugar onde ele mesmo parou parece fascinante.
Assistir ao grupo de japoneses que chegam apertados e apressados entrarem nos portões medievais da cidade e saírem antes mesmo dos sinos da Catedral badalar as 15 horas; ver o dono do restaurante carregar sua mudança para outro canto da Espanha; passar pelos Correios e encontrar pessoas que ainda não perderam o hábito de enviar cartões postais; tudo isso faz parte do cotidiano da região.
Ávila é uma cidade recheada de história e cercada por muros do séc. XI. É considerada uma das mais importantes relíquias medievais da Europa e um dos Patrimônios Mundiais da UNESCO.
Lá, encontramos um lugar onde o relógio marca um tempo mais sereno e o dia passa calmamente. Mas cuidado ao atravessar a rua, o bonequinho anda meio estressado.
Como Madrid é a capital dos bate-e-voltas, elegemos Ávila como o primeiro deles.
O trem parte da estação Chamartin e leva de 1:30 a 2 horas para chegar dependendo do trem (express, regional, MD). Os tickets custam, em média, 9 euros cada trecho.
E graças a essa estação quase perdemos nosso trem, literalmente. A troca entre o metrô e o trem pode ser um pouco confusa quando se está atrasado e atrapalhado. Era um tal de sai da estação, vira aqui, sobe escada, desce escada e quando conseguimos chegar na plataforma do trem, conseguimos a façanha de subir em um trem que não ia para Ávila. Nossa sorte foi que um funcionário nos avisou que ainda tínhamos três minutos para conseguir pegar o trem correto.
Imaginem se esse casal, que consegue a proeza de quase pegar o trem errado na Espanha, resolve viajar para a Índia? Viraria um stand-up a la Modern Family ou acabaria tudo em um tango argentino.
Foi bem fácil chegar a pé da estação de trem até a central de informações turística, afinal precisávamos de um mapinha da parte histórica da cidade. Mas fazia tanto frio naquele dia que mesmo com todas as minhas blusas, precisei apelar para um café e uma tostata no meio do caminho.
E como situações extremas pedem medidas drásticas, saquei minha capa de chuva e vesti, assim mesmo, bem bonitão, por cima de tudo. Pelo menos de golpe de ar eu não morreria 🙂 Que meus leitores fashionistas não me vejam, se não…
Se bem que é capaz de virar moda como aconteceu com a moda do “perdi minha escova de cabelo” que lancei na Europa em 2007 e que está bombando por lá 😛
Devidamente mapeados, partimos em direção às muralhas de Ávila, mas a magia que encontramos por lá é assunto do próximo post : D
Adorei o bonequinho correndo! Na verdade ele é muito útil. Dá pra dimensionar bem o tempo para atravessar a rua com ele. 😉
Natalie, sua capa de chuva está bem fashion! Você tinha que ver a que eu precisei improvisar em Machu Picchu… As fotos eu acho que nem coloquei no blog. rs
Menina,
Acredita que eu comprei essa capa de chuva numa promoção antes de ir para Foz do Iguaçu. Ela já viajou comigo para vários lugares e é super útil. Só tem um pequeno detalhe: ela é modelito infantil 😛 #segredinho
É verdade, tinha esquecido do som do passarinho no semáforo e do bonequinho correndo, assim como em Madri. Que saudades de Ávila, já faz 6 meses!!!!!!!
Hahaha! Muito bom o post 🙂 Mas desanimei com as quase duas horas de viagem. Mais o deslocamento até esta estação. Não rola 🙁 O Mike tem que estar de volta em Madri todo dia no hotel às 16h pra trabalhar! Bjs
Pois é, Lu… eu entendo. As vezes eu também tenho horário para voltar para o hotel e trabalhar. Mas fica aí a dica caso sobre um tempinho 😉