O centro histórico de São Paulo é uma região muito rica em pontos turísticos interessantes. Nessa área, é possível visitar diversos lugares a pé cuja entrada é gratuita, aumentar a conexão entre a cidade e seus frequentadores, ouvir sotaques do Brasil e do mundo inteiro e ainda conhecer lugares que passam desapercebidos para quem tem pressa.
De museus, bares, centros culturais, estabelecimentos comerciais de tradição a adaptações de espaços públicos, o centro histórico de São Paulo vem passando por um longo e tumultuado processo de revitalização para as pessoas poderem frequentar mais a região. Várias iniciativas privadas têm surgido nos últimos anos, mas algumas ações governamentais seguem sendo mal aplicadas, o que pode aumentar ainda mais a sensação de insegurança.
A lista de lugares para visitar o centro histórico de São Paulo é bem extensa, mas começamos com 17 atrações que visitamos recentemente e mais 3 que já publicamos. Reunimos em um só lugar tudo que esta área pode nos oferecer e, claro, com dicas de segurança para você voltar de lá com boas histórias para contar. (O texto com nossos bares e restaurantes favoritos vai ficar para 2025, prometo!)
Índice
- Uma rápida passagem pela história de São Paulo
- Arquitetura e Urbanismo no centro histórico de São Paulo
- Quais são os bairros do centro histórico de São Paulo?
- Atrações no centro histórico de São Paulo
- Sescs no centro histórico de São Paulo
- Dicas de segurança para visitar o centro histórico de São Paulo
Uma rápida passagem pela história de São Paulo
A região conhecida como centro histórico de São Paulo ou centro velho de São Paulo é uma área central de aproximadamente 185.000 m² onde aconteceu sua fundação em 25 de janeiro de 1554 pelos jesuítas.
A partir de 1860, a agricultura cafeeira começava a expandir, principalmente com a construção da ferrovia The São Paulo Railway (SPR), que ligava Santos a Jundiaí para transportar o ouro negro, como era chamado o café na época.
Durante a virada de século, o centro histórico de São Paulo recebeu iluminação pública a gás e construções de viadutos, como o viaduto do Chá (1892) e o da Santa Efigênia (1913), alguns palacetes e os automóveis começam a surgir.
Em 1991, um movimento poderoso entre os comerciantes da região chamado Associação Viva o Centro ganha forças, pressionando o poder público para atender às expectativas de retomar os negócios para revalorização do centro de São Paulo.
A partir de 2000, as Leis 10.257/2001 e 16.050/2014 implementam vários planos de revitalização para valorizar a função coletiva do espaço e estimular a diversidade funcional da região.
Algumas curiosidades
1826: 26.020 habitantes.
1960: 3.781.466 habitantes (tornando-se a cidade mais populosa do Brasil).
2022*: 11.451.245 habitantes (entre eles, estão cerca de 360 mil estrangeiros morando legalmente na cidade, segundo dados da prefeitura).
Segundo o manual do centro histórico de 2022, da prefeitura de São Paulo, circulam em média 600 mil pessoas por dia na região.
*Censo Demográfico divulgado pelo IBGE.
Arquitetura e urbanismo no centro histórico de São Paulo
O centro histórico de São Paulo é um verdadeiro templo de monumentos de grandes mestres da arquitetura como Ramos de Azevedo, Oscar Niemeyer, Gregori Warchavchik e Marcos Cartum.
Veja uma lista com alguns desses projetos arquitetônicos mais emblemáticos que ficam no centro de São Paulo:
Ramos de Azevedo | Oscar Niemeyer | Gregori Warchavchik | Marcos Cartum |
1897: Pinacoteca do Estado | 1950: Edifício Montreal | 1953: Edifício Cícero Prado | 2012: Praça das artes |
1903: Teatro Municipal | 1951: Edifício Copan | ||
1911: Palácio das Indústrias (Museu Catavento) | 1955: Edifício Triângulo e Edifício e galeria Califórnia | ||
1914 a 1938: Companhia Estrada de Ferro Sorocabana (Memorial da resistência de São Paulo) | 1956: Edifício Eiffel | ||
1920: Palácio dos Correios | |||
1928: Mercado Municipal de São Paulo | |||
1937: Edifício Sete de Abril |
O centro histórico de São Paulo foi construído e reconstruído algumas vezes, mas ainda conseguimos visualizar algumas passagens históricas importantes.
Entre 1875 e 1930, a região central de São Paulo foi ocupada pela elite cafeicultora paulista, entre as ruas São Bento, Quinze de Novembro e Direita.
Neste momento, a Praça da Sé e do Patriarca, Vale do Anhangabaú e Viaduto do Chá começam a ser construídos inspirados em bulevares parisienses, após a desapropriação e demolição de diversos cortiços.
Havia regras de urbanização do centro histórico de São Paulo que impunham respeitar larguras, formas de ruas e praças que deixavam bem claro a intenção de afastar a população de menor renda naquela região, por exemplo: era proibido oferecer serviços às classes mais baixas naquele perímetro em respeito aos Códigos de Postura e os Códigos sanitários do século XIX.
Depois do auge da produção cafeeira, durante as décadas de 30 a 50, a economia de São Paulo focou na industrialização e esse plano de embelezamento começou a provocar questionamentos sobre a inexistência de foco na infraestrutura urbana.
Nesse período, iniciou-se o processo de verticalização do Centro Histórico de São Paulo, devido aos altos preços dos terrenos e dificuldades de circulação, tendo em vista que as indústrias estavam se mudando para o centro. E é neste momento que surgem os famosos edifícios como o Guinle (1916), Sampaio Moreira (1924), Martinelli (1929) e Altino Arantes (1947).
Com os movimentos de revitalização do centro histórico de São Paulo, nota-se o alto valor histórico, cultural e arquitetônico. Este trecho foi tombado em 2007 e inclui uma lista que inclui 149 edificações, 7 praças, 20 obras de arte em ruas e 4 viadutos relacionados à memória e à identidade da cidade e da população de São Paulo.
Quais são os bairros do centro histórico de São Paulo?
A cidade de São Paulo está dividida em 5 zonas diferentes: zona central, zona norte, zona sul, zona oeste e a zona leste. Cada uma dessas regiões é composta por um grupo de bairros. O centro de São Paulo ou a zona central é composta por oito bairros:
Bela Vista | Liberdade |
Bom Retiro | República |
Cambuci | Santa Cecília |
Consolação | Sé |
O conceito do termo centro histórico de São Paulo é normalmente ligado a uma pequena área entre os distritos da Sé e República, onde fica o maior grupo de prédios históricos. Entretanto, atrações que contam a história da cidade não se limitam a esses dois lugares, se estendendo a outros bairros da região central.
Bela Vista: um dos bairros ítalo-paulistanos onde a maioria dos moradores era imigrante, mas seu nome “Bela Vista” foi registrado apenas em 1910. Antes, a região era conhecida como “Campos do Bexiga” devido às várias propriedades do Antônio José Leite Braga, conhecido como Bexiga, e gradualmente foram mudando esse nome para Bixiga, grafia que permanece até agora.
Bom retiro: o bairro fica entre os rios Tietê e Tamanduateí. No século XIX, ali ficavam chácaras e sítios, como a “Chácara do Bom Retiro” uma propriedade famosa usada na época como retiro de fim de semana pelas famílias mais ricas de São Paulo. Hoje é uma região com imigrantes gregos, italianos, portugueses, judeus e sul-coreanos.
Cambuci: o nome do bairro surgiu porque era bem comum avistar várias árvores da fruta cambuci na região. Ainda na época de São Paulo de Piratininga, a área era usada como trilha para seguir a rota do Caminho do Mar para chegar a Santos. Na década de 40, foi erguido o primeiro conjunto habitacional da cidade: o Conjunto Habitacional Várzea do Carmo, que existe até hoje.
Consolação: o bairro surgiu a partir da capela, erguida por volta de 1779, em homenagem à Nossa Senhora da Consolação. Aliás, nessa época, a cidade terminava exatamente onde a igreja está. Era uma região cheia de chácaras onde começava a estrada para Sorocaba e Itu. Com o surgimento da avenida Paulista, em 1891, lentamente a região deixou de ser uma fronteira e se tornou parte da região central.
Liberdade: no século XIX, o distrito era chamado de Bairro da Pólvora e era ocupado majoritariamente por pessoas negras. O largo da liberdade era conhecido como Largo da Forca, pois era o lugar onde escravizados fugitivos eram mortos. Durante a demolição realizada perto da Capela Nossa Senhora dos Aflitos, foram encontradas ossadas que acreditam ser do Cemitério dos Aflitos, que foi construído em 1774. Em 1912, famílias de japoneses começam a ocupar as casas da rua Conde de Sarzedas e aos poucos começou o crescimento da comunidade japonesa na região, tornando-se a maior comunidade de japoneses fora do Japão.
República: o surgimento do bairro se iniciou em 1892, após a construção do viaduto do chá. Antes disso, a região teve nomes como “Largo dos Curros”, devido às touradas e cavalgadas que aconteciam lá e “Praça das Milícias”, quando havia treinamentos militares. Em 1889, após a Proclamação da República, bairros e ruas foram renomeadas e a região ganhou seu nome definitivo. Este é um dos menores bairros da cidade.
Santa Cecília: em 1860, a região tinha grandes loteamentos com chácaras e fazendas.
O Hospital Central foi inaugurado em 1884 e ainda é sede de um dos hospitais mais importantes de São Paulo: a Santa Casa de Misericórdia. Em 1961, foi inaugurado um “templo a Santa Cecília”, santa padroeira dos músicos. Este é um bairro mais residencial, se comparado aos outros da região central, e onde se concentra uma grande comunidade de judeus.
Sé: a Sé está intimamente ligada à fundação de São Paulo em 1554. Foi aqui que jesuítas, incluindo José de Anchieta, realizaram a primeira missa no povoado de São Paulo de Piratininga, lugar onde hoje fica o Pateo do Collegio. Foi implantado em 1934 o marco zero da cidade, que é referência das distâncias das residências, CEP e rodovias.
Nossas sugestões de hospedagem no Centro de São Paulo
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Já no quesito hotéis, fiquei apaixonada pelo novo Sooz Hotel Collection que fica num prédio lindo na Avenida São João. Já o Ibis Style é sempre uma escolha certeira. O Nacional Inn Jaragua e o Slaviero São Paulo Downtown são mais antigos, mas ficam em ruas movimentas e de fácil acesso a diversos restaurantes e pontos interessantes no centro.
Atrações no centro histórico de São Paulo
A lista de atrações no centro histórico de São Paulo é vasta, mas separamos 22 pontos interessantes entre clássicos, novos e escondidinhos para você conhecer várias versões dessa região que está sempre nos surpreendendo.
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Museu de arte sacra de São Paulo
O nosso passeio pelo centro histórico de São Paulo começa pelo Museu de Arte Sacra. Este espaço é voltado para peças projetadas para o culto sagrado, principalmente para o cristianismo, mas não se trata de um museu sobre a religião e sim sobre os estilos artísticos que potencializavam a narrativa cristã e que conectavam o fiel à energia divina.
Ele foi instalado numa construção projetada por Frei Antônio de Santana Galvão, o primeiro santo nascido no Brasil, que foi canonizado pelo Papa Bento XVI em 2007, que acolhia mulheres em situação de vulnerabilidade.
Suas atividades como um museu começaram nos anos 70 graças à coleção do primeiro arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, que recolhia obras de igrejas e capelas demolidas. Hoje são mais de 18 mil peças no acervo e a exposição principal chama-se a Arte Sacra através dos Séculos que nos apresenta obras desde o século XVI ao XX, expostas em ordem cronológica.
A peça mais antiga do museu é uma moeda do século II que não estava exposta no dia da nossa visita. Ao caminhar entre os séculos, podemos observar a evolução das técnicas artísticas e materiais utilizados, principalmente no movimento das roupas e no olhar dos personagens.
O silêncio no espaço nos faz desconectar instantaneamente do barulho da grande avenida Tiradentes.
Além dessa exposição fixa, há três espaços para mostras temporárias que também dialogam com o contexto do espaço. Todos os anos há uma exibição que mostra como são montados os presépios em várias partes do Brasil e do mundo. Saindo do espaço do museu, há uma exposição fixa de um presépio natalino gigantesco, com mais de 1.600 peças que mostram o Natal em diversas culturas pelo mundo.
Há também uma capela, um café, um pequeno estacionamento gratuito, um jardim nos fundos que abre para o público para eventos programados e uma loja para comprar itens religiosos, inclusive as famosas pílulas de Frei Galvão, que são pequenos papéis de arroz com a oração escrita por ele.
O museu também tem uma “Sala MAS Metrô Tiradentes”, que fica na estação de metro Tiradentes. Ela é feita de vidro com uma pequena área de leitura que recebe exposições temporárias.
Avenida Tiradentes, 676 (Acesso pela Rua Jorge Miranda, 43) – Luz
De terça a domingo, das 9h às 17h. Fechado às segundas.
De R$3 a R$6. Gratuito para crianças até 7 anos e acima de 60 anos. Todos os sábados a entrada é grátis para todos os visitantes.
Metrô: estação Tiradentes
Os ingressos para o MAS — Museu de Arte Sacra de São Paulo — podem ser adquiridos na bilheteria do museu ou antecipadamente pelo site.
Pinacoteca de São Paulo
- A 600 metros de distância do Museu de Arte Sacra de São Paulo está a Pinacoteca de São Paulo, que já falamos por aqui. São três espaços: Pina_Luz, Pina_Contemporânea e Pina_Estação para apreciar a arte brasileira desde o século XIX até hoje.
Planeje a sua visita para a Pinacoteca de São Paulo.
Estação da Luz
A Estação da Luz é uma das estações ferroviárias mais movimentadas do centro histórico de São Paulo. Segundo dados da prefeitura, ela recebe uma média de 250 mil passageiros por dia útil.
Ocupando 7,5 mil m² do Jardim da Luz, a construção com detalhes neoclássicos da estação da Luz é tombada desde 1982 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat) e sua história começa em 1867 quando foi inaugurada a linha ferroviária que ligava Santos a Jundiaí, pela empresa São Paulo Railway. A parada dessa linha na cidade de São Paulo era justamente na estação da Luz.
A construção original funcionou de 1867 a 1888. Com o rápido crescimento da população, a construção precisava de mais espaço e assim foi projetada a estação na forma que conhecemos hoje, que foi inaugurada em 1901. A construção de 123 anos reflete o momento histórico que evidencia o progresso do café para a expansão da cidade.
Projetada pelo arquiteto britânico Charles-Henry Driver, a maioria do material da construção veio da Inglaterra, desde os pregos até a estrutura de aço usada na cobertura. Suas torres foram inspiradas na Abadia de Westminster e o relógio lembra o Big Ben de Londres.
Em 2006, foi inaugurado Museu da Língua Portuguesa em uma parte da construção, aumentando a oferta de cultura e lazer na região histórica de São Paulo.
E a estação da Luz não para de surpreender: em 2022 foi inaugurado o boulevard João Carlos Martins, uma passagem de 210 metros iluminada e com bancos que liga a plataforma 1 da estação, normalmente que atende a linha 7 Rubi da CPTM, até o estacionamento que dá acesso ao Memorial da Resistência, Sala São Paulo e Pina_Estação. É bem mais rápido e seguro do que ir para estes espaços pelas ruas. A saída funciona das 7h às 23h30, sendo controlada por uma catraca.
Memorial da resistência de São Paulo
O Memorial da Resistência de São Paulo, antigo Memorial da Liberdade, é um ponto de visita mais atual do que nunca e guarda um passado sofrido que não devemos esquecer.
Ele foi mantido no antigo prédio tombado em 1999, onde funcionava o Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DEOPS/SP). Entre 1940 e 1983, o espaço foi palco dos atos de tortura mais brutos da nossa história.
Infelizmente, mesmo tendo tamanha importância para entendermos como a tortura funciona em sistemas ditatoriais, muitas vezes ele é esquecido e pouco visitado perto de outras atrações da cidade.
Perguntamos para Ana Pato, diretora técnica do Memorial da Resistência de São Paulo, qual a importância deste espaço para os dias atuais e ela declarou que:
“manter viva a memória das repressões políticas e dos movimentos de resistência neste prédio e para além dele, nos permite também refletir e compreender que a Ditadura não é um fim em si; tem precedências e continuidades. Nesse sentido, o Memorial da Resistência de São Paulo, sendo o primeiro lugar de memória institucionalizado no Estado de São Paulo para tratar das violações de Direitos Humanos durante o período da Ditadura Civil-Militar, tem uma importância ímpar nas discussões sobre repressão, resistência, patrimônio e Direitos Humanos.”
No térreo, é possível visitar 4 celas e o corredor onde eles tomavam banho de sol. Para recriar estes espaços como da época do DEOPS, foram convidados ex-prisioneiros para reescreverem algumas mensagens nas paredes.É impossível não se entristecer lendo essas mensagens.
No primeiro andar funciona o Centro de Referência do Memorial, onde eles guardam as coletas regulares de testemunhos, tanto da época da ditadura quanto das repressões violentas atuais. São mais de 900 itens e 600 documentos e 200 relatos, mas este espaço é acessado apenas por agendamento, pelo e-mail [email protected].
No terceiro andar ficam as exposições temporárias que ajudam a complementar a história durante a ditadura e nos momentos atuais.
Além das exposições, o Memorial oferece oficinas, atividades com jogos pedagógicos, lançamento de livros, contação de histórias, cursos, debates e as visitas educativas.
Para acompanhar a programação, basta acessar o site para receber atualizações sobre a programação. As visitas guiadas têm uma hora de duração, sendo preciso agendar sempre na primeira segunda de cada mês, direto no site. Elas costumam acontecer nos seguintes horários:
- Durante a semana: 10h, 11h, 13h30, 15h e 16h;
- Finais de semana: 10h e 14h30.
Uma dica que deixo para este espaço no centro histórico de São Paulo é ir com mais tranquilidade para absorver toda essa história e que tenha tempo para refletir sobre o passado e a atualidade. Outra dica é usar o boulevard entre o memorial e a estação da Luz ao invés de entrar pelo Largo General Osório.
Largo General Osório, 66, Santa Ifigênia
De quarta a segunda, das 10h às 18h. Fechado às terças.
Entrada gratuita
Metrô ou trem: estação da Luz
Mesmo com ingressos gratuitos, é preciso fazer a reserva dos bilhetes pelo site do memorial da resistência de São Paulo.
Sampa SKY
A um km do Memorial da Resistência de São Paulo está o Sampa SKY, que também já mencionamos por aqui. Há muitos mirantes na cidade, mas já imaginou ver São Paulo debaixo dos seus pés? Conheça o mirante de vidro do Sampa Sky para você ter a sensação de flutuar em pleno centro histórico de São Paulo.
Mosteiro de São Bento
O Mosteiro de São Bento foi fundado em 1598, pelo monge Mauro Teixeira, em um local que antes era a taba do cacique Tibiriçá. A versão do complexo que conhecemos hoje, de estilo Beuron (alemão), foi finalizado em 1922 e abriga algumas atrações:
Basílica Abacial de Nossa Senhora da Assunção: são realizadas missas diariamente, mas aos domigos a cerimônia é acompanhada por um coral e pelo órgão de 7 mil tubos de 1954.
Mosteiro: hospedou o papa Bento XVI durante sua visita ao país, em 2007.
Teatro: fundado em 1903, o espaço comporta 253 pessoas e é aberto apenas para receber eventos agendados, como palestras, concertos e eventos corporativos.
Colégio e faculdade de São Bento: fundada em 1908, esta foi a primeira faculdade de Filosofia do Brasil com cursos reconhecidos pelo MEC em 1940. Hoje ela oferece cursos do ensino superior. O acesso é por catracas, então caso queira entrar para visitar, entre em contato via telefone: (11) 3328-8796.
Padaria e loja: por lá são vendidos pães, doces, geleias e até cervejas artesanais preparadas por monges. Há também lembrancinhas relacionadas ao mosteiro.
Biblioteca: esta é a biblioteca mais antiga da cidade, com 421 anos de história e mais de 115 mil livros escritos desde 1598.
Largo de São Bento, s/nº – Centro
Basílica: o espaço fica aberto todos os dias das 7h às 18h.
Missas:
– De segunda a sexta: 7h, 13h e 17h30
– Sábados: 5h50
– Domingo: 8h e 10h
Brunch todo último domingo do mês, das 10h às 16h.
O acesso é gratuito, mas para o brunch é cobrado R$ 357 por pessoa e inclui bebidas. Gratuito para crianças até 5 anos.
Acesse a programação oficial do Mosteiro de são Paulo.
Museu da Bolsa do Brasil – MUB3
Em um prédio histórico de 1940, cuja fachada é tombada, foi inaugurado um museu interativo no centro histórico de São Paulo em 2022. Ele surpreende com instalações modernas e dinâmicas. O Museu da Bolsa do Brasil nos apresenta a trajetória do mercado de capitais e mostra como funciona a bolsa de valores, de maneira didática, criativa e usa os cinco sentidos para tornar essa apresentação mais interessante.
E o mais legal é que ele fica no mesmo lugar onde funcionava a bolsa de valores, o famoso pregão, antes de se tornar 100% eletrônico.
A exposição fica no primeiro andar, apresentada como uma linha do tempo. Iniciamos o tour em um espaço que remonta à praça do comércio no século XIX, com vozes encenando o que acontecia nas ruas de São Paulo na época. Era negociado a compra e venda de produtos agrícolas, faziam-se transações comerciais ali na rua mesmo, com “dinheiro vivo”.
Depois passamos para o final do século XX, onde as negociações aconteciam em um escritório mercantil para trazer mais segurança e privacidade. Neste espaço dá para interagir com as peças, inclusive usar a cartola para tirar fotos!
Durante o auge da mineração, para todo ouro que saísse do Brasil era cobrado um imposto chamado “quinto” que cobrava o pagamento de 20% de imposto sob o peso do ouro. E foi assim que surgiu a expressão “quinto dos infernos”.
A exposição segue com maquetes do pregão viva-voz que aconteceu entre 1937 até 2009. Os corretores começaram a usar telefones até chegar no “telefone do pregão”, nos anos 80, que só funcionava dentro do espaço.
Curiosidade: Pregão vem da expressão apregoar, que significa falar em voz alta. Aqui há exposto café e algodão, um dos principais produtos negociados.
O Museu da Bolsa do Brasil é um ambiente de educação sobre a história da bolsa no Brasil e, além dessa exposição cronológica, promove atividades de laboratórios gratuitos e contação de histórias sobre temas variados que se conectam com o mercado financeiro. Para acompanhar a programação de eventos do espaço, fique atento a página de atividades do museu.
Para quem gosta de visita guiada, elas ocorrem todos os sábados em dois horários: das 10h às 11h e das 15h30 às 16h30.
Rua XV de Novembro, 275 – Centro
Todos os dias, das 9h às 17h
Gratuito
Metrô: estação São Bento
Mesmo gratuito é preciso fazer a reserva de ingresso pelo site
Farol Santander
A cem metros do Museu da Bolsa do Brasil está o Farol Santander, um espeço especial com um dos mirantes mais famosos da cidade. Lá ficam vários andares de atrações desde exposições, pista de skate e até alguns dos bares mais cobiçados da capital.
Edifício Martinelli
Este prédio no centro histórico de São Paulo, idealizado por Giuseppe Martinelli, começou a ser construído no início do século XX. Por muitos anos, o edifício Martinelli com seus 30 andares foi considerado o maior da cidade de São Paulo.
Com os três tons de rosa do Martinelli, São Paulo já foi chamada por Oswald de Andrade de “cidade bolo de noiva”. O prédio já recebeu em seus andares partidos políticos, clubes, sindicatos, restaurantes, bares, cinema e muito mais. O edifício viveu momentos gloriosos até 1933 quando foi vendido para o governo da Itália devido a grandes dívidas.
Em 2023, o contrato de concessão de quatro andares no topo do edifício (25°, 26°, 27° e 28°) e a parte térrea foi assinado entre a prefeitura de São Paulo e o Grupo Tokyo.
A previsão de reabrertura como mais uma opção cultural do centro de São Paulo está prevista para 2026.
Rua São Bento, 405 – Centro
Metrô: estação São Bento
Saiba sobre as atualizações do edifício Martinelli na página do Instagram
Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB
O prédio com estilo arquitetônico francês foi construído em 1901 e foi comprado pelo Banco do Brasil em 1923 para ser uma agência. Este foi o primeiro imóvel próprio da empresa, devido à sua localização e a versatilidade do espaço.
No térreo e primeiro andar funcionava a agência bancária e os outros quatro andares eram alugados para outras empresas da época. A agência bancária funcionou até 1996 e em 2001 foi inaugurado o CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil – como parte de um plano de revitalização do centro histórico de São Paulo. Este é um dos lugares que mais recebem visitas na capital.
O espaço recebe exposições temporárias e a cada período toda a programação de atividades é voltada ao tema apresentado, desde apresentações musicais, palestras e oficinas educativas. O espaço também preserva um cinema, um teatro e uma cafeteria, ou seja, é um lugar para passar algumas horas.
Por lá há 300 metros quadrados divididos em dois andares que podem apresentar uma extensão da exposição do prédio principal ou exposição independente. Normalmente abriga temas com mais apoio tecnológico, com projeções por todo o prédio e interações digitais.
Os prédios têm ingressos separados, mas são adquiridos pelo site, na bilheteria ou nos totens de atendimento.
Para chegar ao CCBB você pode usar o transporte gratuito que funciona todos os dias, das 12h às 21h, exceto às terças. A van parte da Rua da Consolação, n° 228 e deixa na porta do Centro Cultural Banco do Brasil. Para sair do CCBB com este transporte, basta solicitar no balcão de atendimento.
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro
De quarta a segunda, das 9h às 20h. Fechado as terças.
Cinema: R$5 (meia entrada) e R$10 (inteira)
Teatro: de R$5 a R$30
Ao realizar pagamento com ourocard, você terá 50% de desconto nos ingressos e até no café.
Metrô: estação São Bento
Para acessar os dois prédios garanta seus bilhetes pelo site
Teatro Municipal de São Paulo
O Teatro municipal de São Paulo é uma obra do escritório Ramos de Azevedo de 1911 que mistura Renascentismo com o Barroco e Art Noveaue no coração do centro histórico de São Paulo.
Este foi o primeiro edifício a ter energia elétrica na cidade. Nesses 113 anos de história, seu palco teve grandes apresentações como Villa-Lobos, Duke Ellington, Ella Fitzgerald e eventos da Semana da Arte Moderna de 1922, onde iniciou o Movimento Modernista no Brasil.
Para conhecer o teatro há duas maneiras: sete tipos de visitas guiadas agendadas gratuitas ou adquirindo ingressos para apresentações. Para garantir os ingressos das visitas guiadas é preciso ficar de olho no site do teatro, pois cada uma delas é reservada de maneira diferente e são muito concorridos.
Ingressos | Duração | Quando | Idade | |
Visita educativa em português | ingressos no site disponível no dia anterior à visita, a partir das 10h. | 75 minutos | De Quartas, quintas e sextas, às 11h, 13h, 15h ou 17h e aos sábados, às 11h, 13h ou 14h | Todas as idades |
Visita educativa para grupos | 20 a 50 participantes, o agendamento deve ser feito previamente pelo e-mail [email protected] | 75 minutos | De Quartas, quintas e sextas, às 10h ou às 14h. | Todas as idades |
Visita educativa em inglês | Agendamento presencial, com 30 minutos de antecedência a visita com identidade e passaporte | 75 minutos | De quartas, quintas e sextas, às 13h e aos sábados, às 11h. | Todas as idades |
Linha, Forma e Cor (Famílias e crianças) | Visita, jogos e brincadeiras. Ingressos no site disponível no dia anterior à visita, a partir das 12h. | 90 minutos | Uma vez por mês, ao sábado, às 14h30. | Todas as idades |
Mãos na massa: Quem faz o Theatro Municipal? (Famílias e crianças) | Visita e brincadeiras. Ingressos no site disponível no dia anterior à visita, a partir das 12h. | 90 minutos | Uma vez por mês, ao sábado, às 14h30. | Todas as idades |
História Viva: experiências com jogos de interpretação | Ingressos no site disponível no dia anterior à visita, a partir das 12h. | 120 minutos | Uma vez por mês, ao sábado, às 10h. | acima de 14 anos |
(re)entorno: um percurso de descoberta do entorno do Theatro Municipal | Ingressos no site disponível no dia anterior à visita, a partir das 12h. | 120 minutos | Uma vez por mês, ao sábado, às 10h. | acima de 10 anos |
Praça Ramos de Azevedo, s/nº – Sé
Conforme programação dos espetáculos e horários das visitas guiadas agendadas: de quarta à sábados, em diversos horários. Segundas, domingos e feriados não tem visitações.
Há atividades gratuitas e ingressos pagos a partir de R$15
Metrô: estação Anhangabaú
Consulte a programação do teatro pelo site
WG Galeria
Caminhando pela Rua Araujo, bem pertinho do Copan, você vê uma tímida placa de galeria de arte que fica na lateral de um estacionamento. Ao subir as escadas temos uma agradável surpresa em pleno centro histórico de São Paulo!
Essa galeria novinha em folha tem um ar de aconchego principalmente pela simpatia da Cris Genaro, uma das sócias que nos recebeu durante a nossa visita. A WG Galeria no centro histórico de São Paulo e surgiu em 2023 como expansão do ateliê em Atibaia, do casal de artistas, Mariana e André Weigand.
O lugar tem vista para o Copan e uma varanda muito convidativa que costuma receber diversas festas, encontros com artistas e oficinas abertas ao público. Segundo a Cris, a proposta da galeria WG é ser aberta para a diversidade, novos artistas e para o público, tirando a ideia de que arte não pode ser acessível para todos.
Rua Araujo, 154 – República
De quarta a sexta, das 13h às 19h. Sábados, das 12h às 18h. Fechado de domingo a terça.
Gratuito
Metrô: estação República
Acompanhe a programação da Galeria WG pelo Instagram e fique atento à períodos de montagens de exposição.
Elevado Presidente João Goulart (Minhocão)
Desde a inauguração do Elevado Presidente João Goulart em 1971, o famoso Minhocão já causou polêmica no centro histórico de São Paulo. A ideia era desafogar o trânsito da Avenida São João fazendo uma nova via expressa elevada.
Após manifestações de moradores que já moravam ali nos prédios no entorno dessa barulhenta via, algumas mudanças de horários em que os carros poderiam utilizar o Minhocão foram implementadas até chegar nas regras de hoje: fechado para carros de segunda a sábado, das 21h30 até as 6h, e o fechamento totalmente aos sábados e domingos.
Em 2017 o projeto “Parque Minhoão” foi lançado para garantir que ele se torne oficialmente um parque aos finais de semana até sua desativação.
Quando o elevado está fechado para carros, ele se torna um lugar muito democrático recebendo pessoas de todas as idades praticando atividades físicas, tirando fotos ou caminhando com cachorrinhos muito fofos.
Sua infraestrutura garante cinco postos com banheiros químicos acessíveis, puffs, xadrez, tapetes de ioga, cadeiras de praia e arquibancadas de madeiras ao longo da via, e até uma área reservada para skatistas. Embaixo do minhocão há bicicletas do Itaú para empréstimo próximo à praça Roosevelt e na entrada da Santa Cecília.
Há programação de atividades, como cinema noturno ao ar livre durante o verão, corridas e muito mais!
Conversamos com o artista, ativista em prol do Parque Minhocão, Felipe Morozini, e perguntamos como seria o projeto perfeito do elevado e ele nos respondeu que “seria como ele é hoje: cheio de pessoas e com árvores. O mais importante do parque são as pessoas e ao longo dos anos o uso por elas definiu o que ele seria”. Felipe Morozini mora ao lado do Minhocão há 20 anos num apartamento que pertenceu à sua bisavó.
Para sua visita, deixamos uma dica de um frequentador que nos alertou que sábado (dia da nossa visita) é bem mais tranquilo do que domingo.
De segunda a sábado, das 21h30 até as 6h, e o fechamento total aos sábados e domingos.
Acesso 1: Praça Roosevelt (Rua da Consolação) – Metrô: estação de Metrô Higienópolis-Mackenzie
Acesso 2: Largo do Arouche com acesso por meio de escadas.
Acesso 3: Largo da Santa Cecília (Rua Ana Cintra) – Metrô: estação Santa Cecília
Acesso 4: Praça Marechal Deodoro – Metrô: estação Marechal Deodoro
Acesso 5: Barra Funda (Avenida Francisco Matarazzo) cerca de 1km do Metrô: estação Barra Funda
Copan
O Copan é um dos cartões postais mais famosos do centro de São Paulo e foi inaugurado em 1951 como um dos maiores projetos do arquiteto Oscar Niemeyer e foi inspirado no Rockefeller Center, de Nova York, o condomínio une residências e comércios.
Hoje o edifício tem 1.160 apartamentos que estão distribuídos em 6 blocos com mais de 2 mil moradores. A área comercial fica no térreo com 72 lojas entre restaurantes e até uma igreja.
A visitação ao terraço do Copan está suspensa até o fim dessas obras intermináveis. Todos os comércios seguem funcionando. Durante a nossa visita, conversamos com dois comerciantes e uma coordenadora institucional de uma galeria de arte por lá que nos receberam com muito carinho.
Existe Flor em SP
Conversamos com a Cristina Omura, uma ex-publicitária que fundou a floricultura bem colorida do Copan em 2021. Ela sempre morou no centro histórico de São Paulo, mas só se tornou moradora do Copan no mesmo ano em que abriu seu comércio por lá.
Quando perguntamos sobre a escolha desse edifício, Cris disse que “é o maior condomínio da América Latina e eu sou, vivo e moro no centro. A ideia sempre foi valorizar cada vez mais essa regão”.
Cristina Omura vende produtos de criadores do Copan e dos arredores, sempre priorizando a escolha de empreendedoras mulheres. Ela nos contou que há um espírito de colaboração entre os moradores e comerciantes por lá que sempre estão se ajudando.
Loja 9
De segunda à Sábado, das 12h às 18h
Acompanhe as novidades da loja pelo instagram
Video Connection
Quem disse que alugar DVD ou VHS é coisa do passado? O Paulo Sérgio Pereira está com sua locadora firme e forte desde 1986 no Copan e guarda quase 25 mil títulos! Ele não é um morador do Copan, mas escolheu esse endereço por ter o maior número de moradores em um único espaço.
Perguntamos para o Sr. Paulo como ele mantém este comércio mesmo diante de tantas opções de streamings e ele nos respondeu que ” a maioria (dos clientes) são saudosistas, colecionadores, que querem assistir algum filme que não acham na interet” ele reforça também que a maioria do seu público vem de outros bairros e até de outras cidades.
Por lá você pode comprar ou alugar filmes e transformar seu VHS em DVD ou passar para um pendrive ou HD externo. O aluguel custa R$ 11 cada e você fica com o produto por uma semana sem limites de quantidades. O serviço de transformar o VHS em DVD ou arquivo digital custa R$30 para cada 2 horas de conteúdo.
Durante a nossa visita, nos deparamos com vários clientes indo até o Sr. Paulo para conversar sobre filmes. Muito além de um comércio, a Video Connection é um bom lugar para quem ama cinema.
Loja 30
De terça a sábado, das 11h30 às 20h
Veja quais são os filmes em destaque na página do instagram
Pivô
Pivô é uma associação cultural que recebe propostas artísticas há 12 anos no Copan. Idealizado pela Fernanda Brenner, o espaço foi transformado para atender diversas exposições nos seus dois andares.
Ao entrar no Pivô, você será recepcionado por um espaço pequeno no térreo que normalmente tem exposições ou parcerias com algumas lojas. Ao subir as escadas, será recepcionado por exposições. A associação tem um programa incrível de residência de artistas. A entrada é franca.
Questionamos a Jéssica Gonçalves, coordenadora institucional do Pivô, sobre o que mais gosta no Copan e elas nos disse que “o que mais cativa é a maneira como o edifício se estabelece como um verdadeiro ponto de encontros e interações. Nos seus corredores movimentados, nos terraços, os moradores se reúnem para conversar e nos cafés e lojas que animam seus espaços térreos, há uma energia palpável de conexão humana.”
Ao lado da livraria MegaFauna
De quarta a sábado, das 13h às 19h e domingos, das 12h às 18h. Fechado às segundas e terças.
Gratuito
Galeria Metrópole
A Galeria Metrópole inaugurou seus 8 mil metros quadrados nos anos 60 e foi projetada pelos arquitetos modernistas Salvador Candia e Gian Carlo Gasperini. Infelizmente, em 1970 a galeria ficou um pouco abandonada, sem personalidade e poucas lojas seguiram devido a insegurança.
Em 2021, com a iniciativa do designer Paulo Alves, criativos começaram a instalar seus ateliês, tornando a Galeria Metrópole um lugar para encontrar lojas de design de interiores, galerias, livraria, escola, cafés, restaurantes e padaria. Todas as quintas, sextas e sábados, há feira de criatividade pelos corredores.
Avenida São Luís, 187 – República
Cada estabelecimento tem seu horário de funcionamento. O espaço geral da galeria funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h. Fechado aos domingos.
Biblioteca Mário de Andrade
A Biblioteca Mário de Andrade (BMA), fundada em 1925, é uma das bibliotecas públicas mais importantes do Brasil. É a maior da cidade e a segunda maior do país (a primeira, é a Biblioteca Nacional).
A mudança para o atual endereço no centro histórico de São Paulo aconteceu em 1942, após seu rápido crescimento do acervo, muitos deles raros e especiais. Atualmente há mais de 53 mil livros.
Em seus andares, as coleções de estudos estão separadas por salas para facilitar o acesso. Cada sala tem suas regras, horários e telefone para contato:
Seção Circulante: literatura (tanto brasileira quanto estrangeira). Esta é a única que faz empréstimo de livros. Se não tiver a carteirinha de alguma biblioteca do Sistema Municipal de Bibliotecas, basta levar um documento com foto e um comprovante de endereço recente, físico ou digital.
Sala de Artes Sérgio Milliet: livros, revistas, catálogos e cartazes sobre artes.
Coleção Geral: por aqui há muitas edições raras e esgotadas de Filosofia, História, Sociologia, Literatura e humanidades em geral, grandes autores nacionais e estrangeiros.
Coleção São Paulo: esta sala é dedicada à história da cidade de São Paulo, além de livros, revistas e materiais audiovisuais, também é possível manusear alguns mapas.
Arquivo Histórico: espaço dedicado a reunir o patrimônio da Biblioteca Mário de Andrade.
Obras Raras e Especiais: esta sala guarda manuscritos, fotografias originais, gravuras, moedas e muitos outros objetos raros.
Mapoteca: espaço reservado para mapas e cartas geográficas.
Hemeroteca: por aqui temos acesso aos jornais e revistas da atualidade. Além das salas de estudos, há exposições e sala com mesas para levar seu notebook e trabalhar de lá.
Não é preciso de cadastro para acessar os espaços, mas se quiser fazer uma visita monitorada, deve agendar com antecedência pelo e-mail [email protected]
Rua da Consolação, 94 – República
De segunda a sexta, das 9h às 21h. Sábados, domingos e feriados, 9h às 18h.
Gratuito
Metrô: estação Anhangabaú
Confira a programação da biblioteca na página do instagram
Catedral da Sé
Inaugurada em 25 de janeiro de 1954, ela é o quarto maior templo neogótico do mundo com capacidade para 8 mil pessoas. Com mobiliário e esculturas italianas, ela também guarda o maior órgão da América do Sul com cinco teclados manuais e 12 mil tubos, também no estilo gótico.
Além das missas, que acontecem de segunda a sábado, às 12h, e domingo, às 9h, 11h e 16h, há 3 tipos de atividades para visitantes:
Tour completo na Catedral da Sé: nesta visita guiada de duas horas de duração você irá conhecer o altar, órgão de tubos, coro, sinos holandeses, cúpula e cripta (se estiver disponível no momento da visita).
Esse passeio custa R$60 e está disponível de segunda a sexta, às 14h, sábados, às 9h45 e 14h e domingos, às 12h30 e 14h, com duração de 2 horas. Para participar, agende seu passeio somente pela internet.
Nesse tour os visitantes passam por 250 degraus bem estreitos, fechados em formato espiral entre o térreo até a cúpula.
Visita à Cripta da Catedral da Sé: aqui conhecemos a capela subterrânea onde estão os restos mortais dos bispos da catedral e, personalidades da nossa história, como o Cacique Tibiriçá (1470-1562), líder do povo indígena que habitava a antiga vila de São Paulo.
A visita guiada custa R$12 e também está disponível de segunda a sexta, das 9h às 17h e domingos, das 12h30 às 16h15 e tem 30 minutos de duração. Lembre-se de agendar com antecedência pelo site.
Brunch na Catedral: todo sábado, às 13h, e domingos, às 12h, há um buffet com mais de 20 opções para seu brunch, incluindo sete tipos de sobremesas e vinhos, espumantes, sucos, refrigerantes à vontade e tour guiado pela Catedral. O valor do passeio é de R$390 e as reservas são realizadas via WhatsApp 11 984969702. O brunch da Catedral da Sé é tão disputado quanto o brunch do Mosteiro.
Praça da Sé – Sé
Metrô: estação da Sé
Livraria Fonomag
A livraria Fonomag é uma empresa familiar que começou sua história vendendo discos e fitas (K7 e VHS) de artistas japoneses. Ao ver crescer a procura por livros de autores japoneses e a queda no interesse por discos e fitas, Enio, mudou o foco da empresa que segue firme até hoje, após 40 anos da sua inauguração.
Com foco em coleções e livros de literatura japonesa em versão pocket escritos em japonês, a livraria que fica na Liberdade é procurada por estudantes do idioma, descendentes nipônicos que moram nas redondezas e brasileiros fãs de HQs.
Por estar tanto tempo centro histórico de São Paulo, Enio nos conta orgulhoso que ” um antigo cliente chegou até a loja e disse que levara o filho com 12 anos para conhecer os mangás em japonês e hoje, já mais velho, ele está no Japão estudando o idima“.
Quem passa pela rua e vê a fachada discreta da livraria Fonomag não imagina a imensidão de histórias que já passaram por ali. Então, durante o seu passeio pelo centro histórico, que tal fazer uma pausa para folhear algumas páginas por lá?
Rua da Glória, 299 – Liberdade
De segunda a sexta, das 9h às 18h. Sábados, das 9h às 17h e domingos e feriados, das 10h às 17h.
Metrô: estação Liberdade
Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil
O museu foi inaugurado em 1978 e é totalmente dedicado à história da imigração japonesa no Brasil. Ele ocupa três andares do edifício bunkyo, onde se concentra a sociedade paulistana de cultura japonesa, no centro histórico de São Paulo.
No térreo, você adquire o bilhete e deve guardá-lo com cuidado, pois precisará escaneá-lo para acessar o 7º, 8º e o 9º andar. Cada um dos andares representa uma fase da imigração dos japoneses no nosso país e guarda mais de 97 mil itens pertencentes aos imigrantes japoneses.
7º andar: apresenta em breve história do Japão e de registros, objetos e maquetes que fizeram parte dos primeiros grupos de imigrantes que vieram no navio Kasato Maru para trabalhar em lavouras em 1908.
8º andar: continua a história entre 1930 a 1958 com a diversificação das atividades agrícolas, a Segunda Guerra Mundial,a discriminação contra nipo-brasileiros e projetos de empresas japonesas no Brasil.
9º andar: nos apresenta a narrativa de 1958 até os dias de hoje. Esse andar foi inaugurado em 2022 e mostra a imigração pós-guerra, artistas japoneses, voo inaugural entre Brasil e Japão em 1968 e a cultura pop com mangás e seus personagens famosos.
Nessa parte há um café e uma pequena loja. Para visita monitorada é preciso agendar com antecedência pelo e-mail [email protected]. A duração é de 1h para grupos de até 40 pessoas. O custo dessa visita é de R$150 por grupo m ais os valores dos ingressos.
Além dessa exposição fixa, o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil oferece atividades, eventos e exposições temporárias em outras áreas do edifício e uma biblioteca no 3º andar.
Rua São Joaquim, 381 – Liberdade
De terça a domingo, das 10h às 16h. Fechado às segundas.
De 12 anos a 59 anos: R$16
De 5 a 11 anos e acima de 60 anos: R$8
Gratuito às quartas.
Metrô: estação Liberdade
Acompanhe a programação pelo instagram
Museu da Imigração
Em um lugar silencioso com pássaros cantando em meio ao agito do Brás e da Mooca, temos este espaço que foi a antiga hospedaria de imigrantes do Brás. O prédio foi construído no final do século 19, com o objetivo de receber imigrantes recém chegados ao Brasil que iam trabalhar na lavoura cafeeira e depois nas indústrias de São Paulo.
Este endereço no centro histórico de São Paulo abrigou os primeiros imigrates em 1887. De 1887 até 1978, a hospedaria recebeu três milhões e meio de pessoas de mais de 70 nacionalidades diferentes, inclusive brasileiros.
O espaço funcionava como uma minicidade: dormitórios com capacidade de 2 a 3 mil pessoas, refeitório, hospital, enfermaria, agência de empregos, posto policial, agência de correios, telégrafo, estação ferroviária (Porto de Santos ao Museu). Em 1895 chegou a receber 10 mil pessoas em um dia só.
Quais são os três países únicos países do mundo que não existem brasileiros morando atualmente?
Afeganistão, Líbia e São Vicente e Granadinas, uma ilha no Caribe.
Este museu é um mergulho na história de São Paulo no auge do seu crescimento e mostra a importância que os imigrantes tiveram para a construção do DNA da cidade.
Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 – Mooca
De terça a sábado, das 9h às 18h. Domingo, das 10h às 18h. Fechado as segundas.
Adultos: R$16
De 8 a 16 anos e acima de 60 anos: R$8
Crianças até 7 anos: gratuito
Gratuito aos sábados para todos os públicos
Metrô: estação Bresser-Mooca
Acompanhe a programação do Museu da Imigração pelo site
SESCs no centro histórico de São Paulo
Com objetivo de proporcionar bem-estar para trabalhadores e familiares dos setores de comércio de bens, serviços e turismo, o SESC foi idealizado em 1946 e até hoje oferece lazer, cultura, esporte, alimentação e saúde em cada unidade. Com 18 unidades na cidade de São Paulo, cinco delas estão no centro histórico de são Paulo e, em breve, será presenteado com mais uma unidade. Destacamos o diferencial de cada unidade:
SESC Florêncio de Abreu: a unidade mais antiga do SESC em São Paulo foi inaugurada em 1947. Por aqui é realizado até procedimentos odontológicos.
SESC do Carmo: esta unidade abriu em 1960 e hoje o Zózima Trupe, um grupo de teatro que usa um ônibus urbano como palco, costuma se apresentar convidando todos a para participar dessa atividade lúdica.
SESC Bom Retiro: inaugurada em 2011, essa unidade tem objetos e mobiliários que convidam o visitante a interagir, desde os bancos próximos à entrada, sem divisórias entre elas, aos amplos corredores que dão acesso aos espaços de brincadeiras.
SESC 24 de maio: inaugurado em 2017, no antigo prédio da loja de departamentos Mesbla que funcionou até 1998, fica uma das piscinas mais famosas do SESC, pois ela fica na cobertura e oferece uma vista panorâmica do centro de São Paulo.
SESC 14 Bis: a mais nova unidade que surgiu em 2023 e fica no mesmo prédio que sediava a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Por lá você encontra o SESC Memórias, o teatro Raul Cortez e o Centro de Pesquisa e Formação do SESC.
E as novidades não param! Está previsto para o final de 2027, o SESC Praça Ramos, que vai funcionar no antigo do Mappin e Casas Bahia, em frente ao teatro municipal.
Construímos um mapa com todas as atrações citadas neste roteiro do centro histórico de São Paulo para que te ajudar durante esse passeio:
Dicas de segurança para visitar o centro histórico de São Paulo
Caminhar pelo centro histórico de São Paulo pode nos reservar muitas surpresas agradáveis, mas é importante manter a atenção e cuidado pelas ruas, assim como em qualquer outra metrópole do mundo.
Durante nossa visita para construção deste roteiro, fizemos a maior parte do trajeto utilizando o metrô e percorrendo caminhos curtos a pé. Notamos a presença constante de muitos policiais nas áreas visitadas, o que deu mais tranquilidade em relação à segurança.
A lista de atrações para visitar no centro histórico de São Paulo é vasta, mas iniciamos com atrações que estão em lugares mais seguros para os nossos leitores. Mesmo com a região relativamente mais tranquila, vale deixar algumas dicas de segurança para tornar o passeio mais agradável.
Fique atento em tudo ao seu redor
Ao caminhar pelo centro histórico de São Paulo, você irá observar que o ritmo é frenético ao seu redor.
As ruas são mais estreitas em relação ao resto da cidade e ainda terá pessoas entregando mercadorias com carrinhos de cargas empurrados na mão, algumas te abordando para vender ouro e outros produtos, obras acontecendo em fachadas, calçadas e ruas, passagem de automóveis em algumas calçadas… uma loucura! Então não deixe de redobrar a atenção ao seu retor.
Evite sair ou retornar em horário de pico em São Paulo
O horário de pico em São Paulo é o horário em que há um maior fluxo de pessoas no transporte público e nas ruas, de segunda à sexta. É onde normalmente a cidade fica com pouca mobilidade em qualquer tipo de transporte.
Há dois horários em que isso acontece:
- Manhã: das 6h às 9h
- Noite: das 17h às 19h
Durante o horário de pico, normalmente há mais aglomerações que podem resultar em furtos, sem mesmo que a pessoa perceba de imediato que perdeu algo de valor.
Durante o final de semanas o fluxo da cidade melhora, mas as atrações turísticas tendem a ficar mais cheias. E mesmo se planejando para aproveitar a cidade mais vazia, lembre-se de sair com antecedência, pois há sempre regiões ou trechos interditados devido a obras (muitas vezes sem aviso prévio), alguns picos de trânsito ou o metrô pode ter problemas.
Evite o uso do celular nas ruas
Não dê bobeira com o celular nas mãos enquanto caminha. Deixe-o bem guardado e, se precisar usá-lo, entre em algum estabelecimento mais tranquilo e seguro.
Um truque que me ajuda muito ao caminhar pelo centro histórico de São Paulo é usar um dos fones de ouvido bluetooth conectado ao Google Maps enquanto caminho. Dessa forma, eu consigo ouvir as instruções de direção e não preciso mexer no celular. O uso de apenas um dos fones é para que você não deixe de ouvir os barulhos ao seu redor, pois isso também é importante para sua segurança.
Se tenho que deixar o celular guardado, como devo agir quando quiser tirar fotos pelo caminho? Antes de tirar a foto, sugiro que observe a área ao seu redor, veja se não há muita muvuca e espere por um momento em que não tenha tantas pessoas por perto e tire fotos rapidamente. Fique de olho nos bandos que andam de biciclete. Esse tipo de grupo costuma ser chamado de “gangue das bikes” e fazem muito estrado nessa região de São Paulo.
Planeje com antecedência seu trajeto
Essa estratégia vale tanto para sua segurança quanto para a otimização de tempo do seu dia. Use o recurso do street view para analisar as possibilidades de trajeto e escolha caminhos que pareçam mais seguros.
Se estiver com dúvidas, antes de sair da estação de metrô, procure ajuda de um dos funcionários do metrô que ficam nas catracas. Eles podem indicar caminhos mais seguros também.
Faça esse planejamento mesmo se for usar carros de aplicativos, pois a maioria das “ruas” no centro histórico de São Paulo, na verdade, são calçadões que não permitem a entrada de carros não autorizados. Em muitos casos, chegar até a atração de metrô pode ser mais fácil do que ir de carro.
Para manter a segurança durante os passeios pelo centro histórico de São Paulo é essencial que você esteja atento nas ruas, combinado?
Gostei muito das dicas,já não moro em São Paulo, porém estou sempre subindo a serra.