Depois de visitar as termas de Puritama e voltar ao Hotel Tierra Atacama para o almoço, era hora de fazer o segundo passeio do dia para conhecer os petróglifos de Hierbas Buenas, ter uma visão geral do vale de Domeico e, por fim, ver o sol sumir por trás das belíssimas montanhas do vale do Arco-Íris. Tudo isso no deserto mais alto do mundo no Chile 😀
O vale de Domeico e suas cores
Antes de chegar nos petróglifos, nosso guia nos levou por uma rota cênica belíssima entre San Pedro de Atacama e a cidade de Calama. Durante o percurso, era possível ver três conjuntos de cordilheiras: a cordilheira Domeico, a cordilheira de la Sal e cordilheira de los Andes.
A diferença de cores se deve aos vários minerais presentes nas montanhas de rochas sedimentários. Elas se formaram com a movimentação da terra no período de formação das cordilheiras e pelos vários processos de erosão que aconteceram e continuam acontecendo por ali.
Os petróglifos de Hierbas Buenas
Voltamos em direção a San Pedro de Atacama e chegamos a Hierbas Buenas, um refúgio ancestral, usado por diversas civilizações que por ali passaram e que precisavam de abrigo. Segundo os arqueólogos, esse lugar no meio do nada era parte de uma importante rota comercial e, por isso, foi usada por gerações de viajantes, xamãs, mercadores e pastores.
Um detalhe bem interessante é que podemos ver diferentes épocas, momentos e histórias sendo contadas por cada um desses viajantes que passaram por Hierbas Buenas e deixaram suas marcas. Alguns petróglifos, por exemplo, mostram animais que não existiam na região, sugerindo que, de uma forma ou de outra, havia um intercâmbio de culturas no Atacama.
Segundo nosso guia, o desenho do macaco representa uma influência Inca, mesmo que a civilização atacamenha nunca tenha sido dominada por eles.
Além de diversos desenhos de lhamas e raposas marcadas nas pedras (algumas até com filhotes na barriga), também é possível ver um macaco e figuras humanas (um pouco estranhas, eu diria 😛 ), além de desenhos rupestres, confirmando que o local foi realmente usado em diferentes épocas da humanidade.
Ficar imaginando o que as pessoas que por ali passavam queriam dizer com seus desenhos é, sem dúvida, algo enriquecedor e que atiça nossa imaginação 😀
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As cores do vale do Arco-Íris
O vale do Arco-Íris fechou muito bem nosso dia. Com o sol quase se pondo, chegamos a uma região formada por rochas de várias cores e composições minerais (daí o nome do local), mas o que chama a atenção é como essas diferentes rochas estão próximas umas das outras.
Provavelmente essa mistura de cores aconteceu devido às diferentes épocas em que os minerais foram expostos. Alguns ficaram mais tempo debaixo da terra, recebendo maior pressão, enquanto outros foram aparecendo devido aos processos erosivos.
Seja lá como for, essa mistura de cores faz do vale do Arco-Íris um lugar único no Atacama 🙂
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O Sundaycooks viajou a convite do Tierra Atacama.
Oi Fred, estou amando esses posts sobre o Atacama. Estamos planejando a nossa ida em dezembro e estou anotando as suas dicas (íamos participar de uma corrida, mas mudaram a data e tudo já estava pago!!! Então, lógico, iremos!). Continuarei ligada nas próximas postagens (você vai escrever sobre os Gêiseres del Tatio?). Muito obrigada!!!!
Abraços
Carolina
Obrigado, Carolina 🙂 Vou escrever sobre os gêiseres sim. Deve ser publicado na semana que vem ou na outra.