Eu realmente não sabia o que esperar do nosso primeiro dia de tour pelo Valle Sagrado. Será que o guia era gente boa? Será que as informações seriam legítimas e não ficariam cansativas ao longo do dia? Essa foi uma daquelas situações que é agradavelmente bom estar equivocada.
A programação inicial era visitar Qorikancha, Tipón, Pikillacta e Andahuaylillas ao sul de Cusco, mas ao longo do dia visitamos mais atrações do que imaginávamos, passando ainda por Rumicolca (Puca Pucara) e Huaton.
Primeiro dia no Valle Sagrado
Como tínhamos o carro do guia à nossa disposição, nós acabávamos ditando o ritmo do passeio e foi mais tranquilo do que parece.
Roteiro de viagem aprovado pelo Sundaycooks
Organizar uma viagem para o Peru pode parecer algo confuso, mas não se preocupe!
Nós testamos e aprovamos o pacote da Venturas para que você possa viajar mais tranquilo.
Qorikancha
Qorikancha em Quéchua (dialeto falado pelos incas) significa “pátio dourado”.
Começamos o dia visitando esse “pátio dourado”, um templo que fica dentro de Cusco, bem pertinho do centro. Originalmente, ele foi construído como local de adoração ao Deus Sol e como observatório astronômico e era o espaço mais importante de todo o império.
Lá você começa a entender como os incas utilizavam as pedras como base para sua construção civil, além de observar aspectos de seus rituais religiosos e como seus símbolos eram inseridos nas próprias construções.
Por conta do seu importante valor cultural e religioso dentro da sociedade inca e de suas paredes cobertas por ouro, é possível imaginar o que os espanhóis fizeram ao chegarem em Qorikancha 🙁 O templo foi destruído e saqueado e em cima dele foi construído o Convento de Santo Domingo.
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Andahuaylillas
Chegamos a um pequeno vilarejo que atrai a atenção por conta da igreja Andahuaylillas, um dos patrimônios coloniais da região de Cusco.
A igrejinha, feita em boa parte de madeira, mostra uma tentativa dos espanhóis de colonizar a região de qualquer maneira. Estando lá, tente identificar os símbolos do sincretismo religioso entre a religião inca e o catolicismo. Mesmo obrigados a construir obras para os espanhóis, os incas sempre davam um jeitinho de incluir algum item ou símbolo que representasse sua crença.
A igreja mostrava os sinais cruéis do tempo e da falta de preservação, bem diferente das catedrais de Cusco.
Tipón
Outro sítio arqueológico do período inca, fica apenas a 23 km de Cusco. Apesar da sua extensão e importância histórica, ainda é pouco visitado pelos turistas que, geralmente com pressa, seguem viagem direto para Pisac e região. O passeio é indicado para quem quer conhecer mais sobre a alvenaria das pedras incas e seus métodos de construção, os espaços reservados para agricultura, canais para irrigação, aquedutos, banhos termais e outros templos de adoração.
Para o nosso azar, em 2011 Tipón estava fechado para visitações. Uma equipe trabalhava no reparo e preservação devido aos fortes danos das últimas chuvas de verão. Por isso, #ficadica: durante a temporada forte de chuvas, não é aconselhável visitar Tipón. Minha curiosidade por conhecer essa região ainda permanece.
Huaton
De Andahuaylillas seguimos para Huaton, um mirante de observação do vale, muito usado pelos turistas que fazem passeios de observação de pássaros. É um ponto legal para ter noção da geografia e amplitude dessa região.
Rumicolca (Puca Pucara)
Nosso próximo destino era Rumicolca, uma Puca Pucara em ótimo estado de conservação.
Puca o que?
Puca Pucara é o nome dado a portais que foram construídos pelos incas em vários pontos de suas estradas. Eles eram normalmente utilizados como pontos de checagem, proteção e de pedágio, controlando a entrada de pessoas e mercadorias no Valle Sagrado.
Rumicolca foi construída sobre as fundações de um antigo aqueduto, provavelmente da civilização Huari.
Pikillacta
Um pouco mais distante de Cusco (39 km) fica Pikillacta, ruínas pré-incas que muitas vezes passam despercebidas pelos turistas que cruzam essa estrada.
Uma das várias civilizações que constituíam as sociedades pré-incas se chamava Huari (ou Wari). A cultura Huari foi responsável pela construção de Pikillacta, um imenso centro cerimonial todo construído em adobe (um tipo de barro) que resiste até hoje. Pikillacta é considerado um dos sítios arqueológicos pré-inca mais importantes da região de Cusco.
E por que vale a pena conhecê-lo? Primeiro para observar os diferentes estados de preservação e resistência e para perceber as diferenças de técnicas e tecnologias desenvolvidas por cada cultura, tanto pré-inca quanto inca. É legal traçar esse contraste até mesmo com os outros sítios pré-incas que conhecemos em Lima logo no começo da viagem.
É impressionante como os Incas conseguiram aprimorar as técnicas de construção civil em adobe e em pedras.
Era hora de voltar para Cusco e tentar absorver todas as lições que o Valle Sagrado nos havia ensinado… E esse era apenas o primeiro dia.
Olá,
Fiquei com uma dúvida. Vou fazer o passeio no Valle Sagrado em 2 dias, já entrei em contato com a Izabel. (vou fazer um parêntesis para dizer que me baseei no site de vocês para definir nosso roteiro, as dicas são ótimas!!! Parabéns!!). Gostaria de saber se durante o passeio é feita pausa para o almoço ou temos que levar um lanche. Tenho a mesma dúvida em relação ao Machu Picchi, vou dormir em Aguas Calientes, ver o nascer do sol lá e passar o dia. Preciso levar comida pro dia todo, certo??
Obrigada pelas dicas!!!
Oi Giovana. Obrigado pelos elogios 😀
Nos nossos passeios pelo Valle Sagrado, a parada para almoço estava inclusa, mas depende do que você combinar com ela 🙂 Sobre Machu Picchu, há uma lanchonete, mas é do lado de fora do parque, então é bom levar bastante água e lanchinhos e fazer um café da manhã reforçado também. Nós terminamos o dia exaustos e já sem água, pq não queríamos perder um segundo por lá heheheh Mas valeu muito a pena 😛
OI Fred.
Viajarei pra cusco na próxima terça, gostaria de saber o contato do guia ou agência onde vc fez o passeio pro vale sagrado, ótimas dicas ,estou lendo TUDO 🙂 ABS!
Oi Daniel.
Desculpa demorar em responder, mas estávamos nos preparando para um grande evento. No post abaixo nós temos indicações de várias agências e guias particulares no Peru, incluindo o que nós utilizamos 🙂
Agência de viagem do Peru, qual você indica?
achei interessante o fato de vcs terem um guia com carro.. gostaria muito de saber o valor cobrado e o contato dele, pois estou indo em breve, passar 5 dias em Cuzco e queria fazer esse roteiro de 3 dias no vale sagrado. e vejo q guia com carro seria a melhor opção.. espero resposta
Oi Thiago.
Dá uma olhada aqui neste post:
Agência de viagem do Peru, qual você indica?
Nós falamos da agência que contratamos e temos uma lista super completa de agências e guias particulares com as opiniões de vários leitores para lhe ajudar 🙂
bom dia, poderia me passar no via e-mail o contato da Izabel?
ATT
Valter
Oi Valter.
Nós temos um post com várias agências do Peru e nossa experiência e de outros leitores sobre cada uma delas. Dá uma lida lá no que falamos e depois nos comentários das agências para escolher a que mais lhe agrada, ou pelo menos entrar em contato com cada uma delas para escolher 🙂
Agência de viagem do Peru, qual você indica?