Depois de um almoço más despacio no Tierra, era hora de sair para conhecer um lugar com o mais belo pôr do sol da viagem: o Salar do Atacama. Antes, porém, passaríamos pelo povoado de Toconao, a poucos quilômetros dali.
Toconao
Toconao é uma vila-oásis de artesãos a noroeste do Salar do Atacama e a principal atração é sua igreja que tem, curiosamente, o sino posto em um prédio separado.
A igreja e o campanário de São Lucas são dois típicos exemplos da arquitetura colonial espanhola da metade do século 18. É em torno de sua pracinha que se concentram as lojas de artesanato onde podemos encontrar esculturas e trabalhos feitos em pedra vulcânica típica de lá.
Fizemos um tour em meio às árvores que insistem em nascer no meio do deserto, cujas raízes crescem vários metros em direção à água do rio subterrâneo que passa ali perto e que abastece a cidade.
Salar do Atacama e a Reserva Nacional dos Flamingos
Chegar no fim da tarde no salar é o ideal. Primeiro, porque o sol do Atacama já está mais ameno; segundo, é nesse horário que podemos vê-lo se pôr atrás dos vulcões, além de acompanhar a volta dos flamingos e outras aves para o local onde passarão a noite 🙂
Salar do Atacama
O Salar do Atacama é considerado o terceiro maior do mundo com 3 mil km2, perdendo apenas para o de Uyuni na Bolívia e para o de Salinas Grandes na Argentina. Há, na verdade, uma grande controvérsia quanto ao maior salar do mundo, porque alguns ainda consideram o da China como sendo o primeiro da lista. De uma forma ou de outra, o local é grande pacas 😉
Uma característa do Salar do Atacama é que, por estar numa região cuja evaporação é muito rápida, seu solo acaba ficando todo enrugado, proporcionando uma visão ainda mais impressionante do local. Mas… evaporação, no deserto?
Pois é, querido leitor, abaixo do salar, há uma junção de rios que chegam bem perto da superfície trazendo todo aquele sal. Junte isso à umidade relativa que quase não passa dos 20% e você terá as condições ideais de temperatura e pressão para que a evaporação ocorra.
Durante o passeio, é possível ver que o solo fica molhado em diversos pontos e, em alguns deles, conseguimos ver buracos pequenos com água dentro. Curioso que sou, perguntei ao guia e ele confirmou o que eu temia: em muitos pontos, a crosta de terra e sal acima das lagoas subterrâneas é bem fina O.O” Portanto, nada de ficar pulando que nem louco fora del sendero!
Curiosidade: algumas lagoas dessa região podem chegar a ter até 28% de sal, praticamente a mesma concentração do Mar Morto.
Reserva Nacional dos Flamingos
Naquele ponto do salar também fica a reserva nacional dos flamingos. É nessa região que as aves se encontram para passar a noite, acasalar e se alimentar.
Por todo o caminho no Salar do Atacama, é possível vê-los voando e pousando numa lagoa rasa mais ao longe, onde fica o último mirante do dia. É nesse mirante que se pode ver as aves mais de perto, mas é dali também que se tem uma vista privilegiada do pôr do sol que acontecerá em alguns minutos.
Sente-se nos banquinhos ou à beira da lagoa em frente ao mirante e curta uma das cenas mais incríveis que o Atacama pode proporcionar: o pôr do sol por entre os vulcões (alguns ainda em atividade).
Esse é um daqueles momentos em que não pensamos em nada, apenas sentimos que somos parte, ainda que pequena, daquela grande imensidão.
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O Sundaycooks viajou a convite do Tierra Atacama.
Ai queridos, que saudade do Atacama. Sei que pra muita gente é ‘viu tá visto’, mas eu volto fácil fácil!
É uma região surpreendente, Adri
Que delícia de passeio. Tenho muita vontade de conhecer o Atacama!
O Atacama é muito legal mesmo, Bruna 🙂