O Airbnb chegou como uma solução fácil e barata para hospedagens em qualquer canto do mundo, mas com o crescimento da plataforma, algumas cidades passaram a enfrentar problemas graves de urbanização e êxodo da sua própria população para fora dos centros, causando um sério problema de desequilíbrio e um aumento exponencial nos preço dos imóveis.
O que mudou no AirBnB?
Para tentar ajustar os problemas causados pelo overturismo, grandes cidades turísticas começaram a repensar sua relação com a plataforma criando regras próprias.
Veja como algumas cidades pelo mundo e no Brasil estão criando normas para a plataforma:
Berlim
A capital da Alemanha oferece muitos passeios e, por isso, atrai um numeroso volume de turistas. Visando um crescimento mais sustentável, o AirBnB alemão passa por mudanças desde 2016 não permitindo aluguéis em apartamentos inteiros por curta temporada.
Os quartos individuais são permitidos com permanência máxima de 90 dias e com autorização.
Barcelona
Em agosto de 2021, Barcelona já estava ajustando suas regras, pois passava por um grande problema de locações ilegais.
Após as mudanças, todos os anúncios devem ter um número de registro, o anfitrião paga impostos para alugar e deve fazer isso com o apartamento inteiro e não somente o quarto. Mais um alerta para quem está planejando viagem para Barcelona.
Lisboa
A indisponibilidade de imóveis para moradia dos portugueses, os aumentos dos preços dos aluguéis e o grande número de turistas “roubando” os espaços dos lisboetas fizeram o governo não aceitar novos cadastros na cidade.
De acordo com análise da consultoria Moody’s, Lisboa é a cidade que mais tem propriedades disponíveis em plataformas de hospedagens. Para os proprietários, essa forma de aluguel é mais rentável do que ter um inquilino fixo de longa duração.
E no que isso impacta para os moradores?
- aumento de 36,9% no valor dos aluguéis nos últimos anos
- escassez de oferta para aluguéis a longo prazo para famílias que moram na cidade
- mudanças de lisboetas para outros pontos por não encontrarem preços aceitáveis e moradia (isso também acaba impactando os pequenos comércios no longo prazo)
Alguns protestos aconteceram no início de 2023, mas ainda não temos novidade sobre alguma baixa ou otimização do setor imobiliário de Lisboa. Segundo o manifestante português, Rodrigo Machado: “o turismo é positivo, mas a cidade não se resume apenas a um resort a céu aberto”.
Lisboa é uma cidade incrível e estamos torcendo para que haja um equilíbrio saudável entre o turismo e seus moradores.
Nova York
Em setembro de 2023, Nova York proibiu aluguéis com duração menor de 30 dias, passou a obrigar o morador estar presente no imóvel, pagar taxas para disponibilizar seu aluguel e reduziu para, no máximo, dois hóspedes por reserva.
Se está planejando seu roteiro por Nova York, fique atento aos detalhes de hospedagem.
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Amsterdam
Para quem ama fazer programas diferentes em Amesterdam deve ficar atento ao prazo de aluguel no AirBnB. Por lá, o proprietário só pode alugar sua casa por até 30 noites por ano e com autorização.
Florença
Reconhecido pelo Patrimônio da Humanidade pela Unesco, o centro histórico de Florença não permite mais o registro de novos espaços para aluguéis. Quem forçar o cadastro na plataforma estará ilegal. Fique atento.
Paris
Montreal, Quebec e Vancouver
Os canadenses também engessaram suas regras:
- Montreal: para quem ama os festivais de jazz em Montreal, a cidade não permite novos registro de locações, em períodos de alta temporada para não haver muitas opções de hospedagem pelo AirBnB.
- Quebec: quem planeja visitar Quebec por um longo período deve se atentar ao tempo de hospedagem, já que há um limite de 31 dias consecutivos para estadia.
- Vancouver: assim como Quebec, seu roteiro em Vancouver deve prever que somente poderá se hospedar em AirBnBs por 30 noites consecutivas e o local deve ser a residência principal do anfitrião. (isso pode impactar muitos brasileiros que optam pela região como lugar para fazer intercâmbio.)
Edimburgo
Em Edimburgo, capital da Escócia, proprietários que quiserem alugar sua segunda propriedade devem ter uma autorização. E em dez anos já está em andamento um projeto que será implantando que dará o direito à Câmara Municipal a recusar qualquer aluguel de curta duração no futuro.
Londres
Para os turistas que estão tentando desvendar os mistérios do metrô de Londres também devem se atentar ao tempo de hospedagem em AirBnB, já que proprietários só podem alugar por, no máximo, 90 noites por ano.
Brasil
Por aqui as regras também mudaram. O proprietário só pode alugar sua propriedade por no máximo 90 dias, mas há algumas regras isoladas como em Caldas Novas, em Goiás.
Além do prazo de hospedagem, a cidade Caldas Novas cobra taxas para proprietários que incluírem registros para este fim e também Imposto Sobre Serviço (ISS) a cada locação.