A Giovanna é frequentadora assídua da caixa de comentários aqui do blog. Ela está sempre disposta a ajudar outros leitores, compartilhando suas dicas e experiências de viagem. Em 2013, publicamos seu relato de viagem pelo Peru e agora é a vez de mostrar como foram seus dias pelo México. É muito bom ver que nossas dicas ajudam vocês na hora de montar seus roteiros 😀 Arriba, muchachos!
Um passeio pelo México
Conforme o prometido, aí vai meu relato da viagem pelo México passando Cidade do México, Puebla e Cholula que fizemos com as dicas do Sundaycooks e usando o SundayPlanner! 😀
Passagens
Emitimos as passagens por 40.000 milhas para os trechos Natal – São Paulo – Cidade do México e Cidade do México – São Paulo e Natal, voando com a LATAM.
Hospedagem
A partir do posts sobre os melhores bairros para ficar na Cidade do México, optamos por ficar na Zona Rosa pelos serviços que essa área oferece. Por sermos cadastrados no programa de fidelidade Accor, conseguimos uma excelente promoção no Ibis Styles Zona Rosa, incluindo café da manhã, early check in e late check out sem custos adicionais.
O hotel fica na esquina da Calle Liverpool – que é uma das zonas de ecobici – com a Calle Genova, a principal do bairro. Ela é fechada para pedestres e repleta de lojas, bares, restaurantes, casas de câmbio, farmácias e super segura! Outra vantagem de se hospedar nesse hotel é que ele está em frente à estação Insurgentes do metrô, o que facilitou muito a nossa vida por lá. O staff é ótimo e nos ajudou com informações e mapas.
Para quem se interessar, aí vão os dados do hotel: Ibis Styles Zona Rosa (ah o tema deles é “joguetes mexicanos”, uma graça!) Valor total da estadia entre os dias 14 e 19 de junho de 2016: USD 277,21.
Outras opções de hospedagem:
- Maria Condesa: um hotel Boutique no bairro descolado da Cidade do México
- Room Mate Valentina: uma opção econômica na Zona Rosa
- Onde ficar na Cidade do México: os 3 melhores bairros
Moeda
Levamos reais e trocamos um pouco no aeroporto em uma casa de câmbio que não cobrava comissão. A cotação estava 4,70 pesos para cada real. O estabelecimento fica logo no desembarque internacional, no lado esquerdo, segunda casa. Devíamos ter trocado logo todo o dinheiro, afinal e NENHUM lugar daquela cidade, nem de outra que visitamos, havia reais nas casas de câmbio, o que nos obrigou a sacar do cartão de crédito, já que não conseguimos contatar nosso gerente para que fosse habilitada a função saque do nosso cartão de débito.
Conseguimos sacar apenas nos terminais do Bancomex e no BBVA. Então: troquem logo no aeroporto seus reais ou levem dólar/euro (franco, iene, dólar australiano e libra são tão aceitos quanto dólar nas casas de câmbio, mas podem ter uma cotação mais desvantajosa).
Veja também:
- Qual moeda levar para o México?
- Como comprar moeda com desconto e o melhor câmbio? Dólar, Euro, peso, soles e outras
Transporte
Embora os táxis (branco e rosa) fossem baratos, usamos mais o sistema público por ser barato e rápido. O metrô custava 5 pesos e ainda estava interligado aos terminais de autobuses e “trem ligero”, este último gratuito. Achamos seguro e recomendamos, com exceção do translado do aeroporto para o hotel e vice-versa, já que as bagagens dificultam o uso desses transportes públicos.
Falando em translado, pagamos um valor fixo, acertado previamente, de 250 pesos do aeroporto para o hotel (empresa Sítio 300, no desembarque, lado direito, guichê amarelo, em frente à casa de câmbio acima mencionada). Do hotel para o aeroporto, pagamos 200 pesos e o motorista era terceirizado do hotel.
Confira outras dicas de locomoção na Cidade do México:
- Como são os táxis na Cidade do México?
- Como ir do aeroporto ao centro da Cidade do México?
- Sem mistérios: Metrô da Cidade do México
Clima e o que levar na mala para uma viagem pelo México
Por ser primavera, o clima estava agradável e girou em torno de 13 a 22 graus. Não precisamos de agasalhos pesados, embora nossa sensação de frio seja mais frequente por moramos em uma região quase desértica. Uma blusa cortavento foi suficiente! Um fato interessante que notamos foi que as mulheres não usam shorts ou roupas curtas/decotadas, mesmo na Zona rosa, uma região bem descolada.
Roteiro dia a dia da viagem pelo México
Dia 1 (14/06)
Nossa chegada estava prevista para às 7:15 (hora local), mas teve um atraso, o que atrapalhou nossos planos de ir ao centro histórico no fim da manhã. Chegamos por volta das 9 horas e, após pesquisar em praticamente todas as casas de câmbio a melhor cotação, bem como os melhores valores da táxi (sem contar com a enorme fila da imigração), chegamos no hotel quase meio-dia.
Considerando esse contratempo, desistimos de ir ao centro e seguimos a dica do blog de ficar pela zona rosa no primeiro dia. Fomos a pé ao Museo de Cera (ver o Chaves, óbvio 😛 ) que ficava na Calle Londres, atrás do nosso hotel. A noite assistimos a lucha libre na Arena México, embora seja algo mais artístico do que profissional, curtimos. Nesse dia, almoçamos no Chili’s pertinho do hotel. Um detalhe: se não quiser gastar quase 60 reais comprando um adaptador de tomadas – nosso padrão é diferente do deles – leve um daqui!
Dia 2 (15/06)
Dia de pirâmides! Acordamos cedo e seguimos as dicas do Sundaycooks para ir a Teotihuacán. Pegamos o metrô e de lá o ônibus que nos deixou na entrada da zona arqueológica. Embora tivesse uma grande oferta de guias, achamos o percurso bem informativo (haviam algumas placas) e seguimos no nosso ritmo.
Na volta, já no período da tarde, fomos à basílica da “virgencita” de Guadalupe e, de quebra, visitamos o mercado que fica ao lado e provamos a verdadeiras paletas mexicanas! Como foi tudo bem tranquilo, a noite fomos andar pela zona rosa, tomar as cervejas locais acompanhadas de autênticos tacos.
Veja como conhecer Teotihuacán e a Basílica de Guadalupe no mesmo dia:
- Como fazer o tour em Teotihuacán por conta própria?
- Basílica de Guadalupe: um espaço dedicado à fé na Cidade do México
Dia 3 (16/06)
Dia de ir no cenário do 007 contra spectre: o Zócalo! Para visitar o centro resolvemos usar o turibus, um ônibus turístico que oferece quatro circuitos pela cidade e custa 140 pesos mexicanos. Iniciamos no Zócalo e resolvemos visitar a região de Polanco e Bosques de Chapultepec, já que, segundo a empresa, o trajeto completo poderia ser feito em uma hora e meia, o que nos deixaria tempo para voltar e terminar de conhecer toda a parte central. Ledo engano! A dona Natie estava certa quando falou para não incluir muitas coisas em um único dia… aquela cidade é tudo meio longe mesmo.
Ao descer em Polanco, resolvemos matar a saudade do Peru e fomos almoçar no Astrid Gaston. Quando terminamos, esperamos horrores o ônibus para voltar ao centro. Além da demora, ainda pegamos trânsito, daí desistimos no meio do caminho pela hora e descemos perto do hotel. Esses ônibus são ótimos e baratos (tem wifi inclusive), mas nada de tentar fazer mais que um circuito por dia. A noite, ficamos pela Zona Rosa, afinal tinha muita coisa ali para fazer.
Dia 4 (17/06)
Dia de Coyacán. Pegamos o turibus na parada mais próxima do hotel e fizemos o circuito sur. Além de Coyacán, visitamos Condesa, Tlalpan e UNAM. O bairro vale uma manhã ou tarde inteira, mas estávamos sem tempo e queríamos ir ao Museo da Frida Kahlo. Infelizmente, desistimos de ir a Xochimilco, pois não tínhamos terminado de conhecer o centro.
Após a visita à Casa Azul, tivemos a péssima ideia de ir ao Estádio Azteca. A não ser que você seja muito fã de futebol, não vale a visita, porque é muito longe, não tem muito o que conhecer por ali e a região parece ser insegura, por isso, logo voltamos ao centro. Infelizmente – mais uma vez – uma manifestação popular atrapalhou em parte nossos planos, já que muitas vias foram interrompidas. Mesmo assim, conhecemos o Palácio Nacional de Belas Artes e as calles lindinhas do centro.
Nesse dia ainda compramos lembrancinhas no mercado da ciudadela (basta descer na estação Balderas do metrô). Voltamos para o hotel no turibus e tínhamos intenção de ir a Plaza Garibaldi para ver os mariachis e visitar o museu da tequila, mas por recomendações do staff do hotel, não fomos. Nos informaram que não é um local seguro para visitar a noite.
Dia 5 (18/06)
Dia de Puebla. Seguindo as dicas do blog, fomos de metrô e depois ônibus até Puebla. Como desistimos de visitar o Parque Izta Popo (o vulcão entrou em atividade e preferimos não seguir rotas alternativas), reservamos apenas um dia sem pernoite para conhecer a cidade.
Chegando no terminal rodoviário, pegamos um táxi até o Zócalo e depois seguimos de ônibus turístico até Cholula, onde fizemos uma visita panorâmica à cidadela e paramos em duas de suas igrejas mais importantes.
No tempo livre, subimos até a Igreja de Nuestra Señora de los Remédios, fomos a zona arqueológica e caminhamos pelas ruas que davam acesso ao seu centro histórico. Em uma dessas ruelas, experimentei gratuitamente o chapulin, aquele grilinho que inspirou o personagem Chapolin, interpretado pelo Bolaños! Destaque para a qualidade dos ônibus da empresa ADO, confortáveis, seguros e com bons preços para os serviços de bordo oferecidos.
- O que fazer em Oaxaca?
- Roteiro de Puebla com direito a pirâmide e vulcão
- As Pirâmides de Tula: um bate e volta diferente da Cidade do México
Dia 6 (19/06)
Como iríamos embarcar às 18:45, fizemos um programa leve, passeando pelos Bosques de Chapultepec e visitando o Museo de Antropologia, já que a garota que vos escreve adora essa ciência social. O local vale uma manhã inteira e como o blog sugere, deve ser visitado antes das pirâmides, já que nem todos têm base teórica para entender a civilização que habitou Teotihuacán.
Mesmo não tendo seguido a sugestão, aproveitei bastante e consegui ver nexo nas aulas de antropologia que tive na escola 🙂 Andamos pelos bosques e de lá seguimos para comprar as lembrancinhas e encomendas de última hora.
Impressões gerais
O destino foi uma escolha acertada e as dicas do blog foram essenciais para nós. Embora seja uma cidade grande, principalmente para mim, que moro no interior do RN, conseguimos conhecer o principal sem deixar de lado nossos gostos. Foi um dos locais mais acessíveis de todos que visitamos e nos sentimos muito bem recebidos pelas pessoas de lá. Obrigada mais uma vez pela ajuda na nossa viagem, casal 😀
Voltamos felizes com o nosso espanhol melhorado, embora sem o céu da boca de tanto chili consumido 😛
Imperdível:
Até a próxima viagem!
Obrigada, Giovanna! Volte sempre 😀
Ah gente os roteiros ficam ótimos e realizáveis com ajuda de vocês, sabiam?! Obrigada pela atenção de sempre e é claro que vou voltar sempre… aliás, acho que nem precisarei voltar, porque estou sempre por aqui rs!
Você já é de casa, né Gi? 😀
Obrigada mais uma vez!