Montmartre é um bairro tentador de Paris. Conhecido como o bairro dos pintores, ele carrega a fama de ser o mais boêmio e charmoso de toda a Cidade Luz. E não é para menos! Abaixo compartilhamos um pouco de sua história e o que fazer em Montmartre.
O local, que no passado já foi um distrito independente de Paris, é marcado pelas ruas estreitas que formam quase um labirinto, mas daqueles que dá até vontade de se perder de tão lindo.
São diversos restaurantes, cafés e bares com pitadas artísticas, envoltos na antiga arquitetura francesa, áreas arborizadas, clima boêmio, artistas de rua que marcam a passagem por Montmartre para qualquer turista.
De cima de uma colina com uma das melhores vistas e uma das catedrais mais emblemáticas da capital, esse cenário chamativo já inspirou músicas, filmes e livros de todas as partes do mundo. Continue lendo e se prepare para conhecer o melhor de Montmartre.
(Não tão) Breve história de Montmartre em Paris
A história de Montmartre é longa e tem origem ainda nos tempos do império romano, em 250 D.C.
Montmartre era apenas o nome da colina de 130 metros de altura ao norte da Cidade Luz, mas com a revolução francesa em 1790, o povoado ao redor se tornou uma commune independente até ser anexada por Paris em 1860.
Já a origem do nome da colina é cercada de teorias. A mais inusitada envolve um bispo decapitado que, de acordo com a lenda, carregou sua própria cabeça morro acima (sem brincadeiras. A lenda é exatamente essa).
Originalmente, o nome era Mons Martis, que significa Monte de Marte, semelhante ao Campo de Marte próximo da Torre Eiffel. Depois, foi “cristianizado” para Montmartre que quer dizer Monte do Mártir.
Agora, voltando para a teoria do bispo decapitado (eu sei que é por isso que você continua lendo).
Em 250 D.C, o primeiro bispo de Paris, São Dinís, foi decapitado no topo da colina por ordens do império romano. Na época, os romanos perseguiam cristãos e os puniam de maneira severa. Assim, veio a inspiração do nome Montmartre.
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Mas a história, que a partir desse momento viraria lenda, fica mais horripilante. Dizem que São Dinís seria crucificado, mas o soldado romano que o levara para o topo se cansou e decidiu decapitar o bispo no meio do caminho.
São Dinis, porém, contemplava uma morte semelhante a de Cristo e, ao ser decapitado, pegou sua própria cabeça nos braços e seguiu morro acima, até finalmente morrer ao chegar no topo.
Ao cair morto, a cabeça do bispo rolou morro abaixo e até parar em um local que, atualmente, é considerado um solo sagrado e onde foi construída uma igreja, localizada no número 11 da rua Yvonne le Tac, que guarda sua cripta.
Inclusive, é essa lenda que fez com que as esculturas de São Dinís, incluindo uma na praça Suzanne Buisson em Montmartre, fossem representadas com o bispo de corpo erguido e decapitado carregando a própria cabeça junto ao peito.
Em 1134, o rei Luís VI comprou uma área no entorno do morro e fundou a igreja de Saint-Pierre, uma das mais antigas de Paris.
A igreja de Saint-Pierre (ou Igreja de São Pedro) acaba sendo bastante esquecida pelos turistas que focam na Basílica Sacré-Coeur, fundada bem depois no século 19, mas que acabou herdando toda a fama de Montmartre.
A Commune, depois bairro de Paris, teve grande apelo histórico durante todo o período da Revolução Francesa e foi posição estratégica durante as guerras religiosas da França no século 16.
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Laços artísticos de Montmartre
Montmartre ganhou fama entre a comunidade artística durante a Belle Époque, entre 1872 e 1914.
Isso porque o bairro foi casa de muitos artistas notáveis, pelo aluguel mais baixo e pela atmosfera mais criativa, digamos assim. Um dos nomes mais conhecidos com ligação com o distrito é ninguém menos do que Pierre-Auguste Renoir.
Depois de Renoir, outros notáveis artistas como Maurice Utrillo e Raoul Dufy viveram ou tiveram um ateliê no mesmo endereço. Pelo valor histórico, o prédio se tornou o Museu de Montmartre, funcionando no mesmo endereço até os dias de hoje.
Os laços artísticos do bairro parisiense não param por aí. Pablo Picasso e outros grandes nomes viveram e trabalharam em um prédio chamado Le Bateau-Lavoir, no início do século 20.
Inclusive, foi em Le Bateau-Lavoir que Picasso pintou a obra Les Demoiselles d’Avignon.
Além disso, até o início da primeira Guerra Mundial, Montmartre era o bairro de compositores de música, como Erik Satie. Após o início dos conflitos, muitos deixaram essa região.
Outros artistas, entre eles Vincent Van Gogh, também trabalharam em Montmartre que, com a popularidade em alta entre a comunidade criativa no fim do século 19, passou a ter muitos cabarés, bares e restaurantes, marca registrada até hoje dessa região.
Por essa ligação forte com a comunidade artística e a constante presença de famosos pintores, resultou no apelido “bairro dos pintores”.
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Como chegar em Montmartre?
Chegar até o bairro de Montmartre de transporte público é extremamente fácil. Três linhas do metrô de Paris servem a área com ao menos 10 ESTAÇÕES.
O destaque fica com a Abbesses da linha 12, no coração do bairro. Se você já assistiu ao filme O fabuloso destino de Amélie Poulin vai reconhecer facilmente essa estação de metrô que virou um atrativo turístico para os fãs do filme.
Apesar de ficar ao norte de Paris, quase no limite da cidade, você não sai da zona 1 do transporte público. Ou seja, a passagem não fica mais cara do que se você for até Notre Dame, por exemplo.
Acesse nosso guia do transporte público de Paris e veja como se locomover pela cidade sem perrengue.
Se você quiser viver alguns dias diferentes, já pensou em se hospedar nesse lado mais boêmio e artístico da cidade? Aqui você encontra diversas sugestões de hospedagem, desde as econômicas até as mais glamorosas.
O que fazer no bairro de Montmartre em Paris?
Chegou a hora de saber quais os melhores pontos turísticos e conhecer uma outra Paris, ainda mais histórica, ainda mais boêmia… e charmosa. O melhor é que a maioria dos espaços é público e de acesso gratuito.
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Qualquer um dos bares de Montmartre
Depois da introdução histórica e dos laços artísticos de Montmartre, fica fácil entender porque esse é um dos bairros mais boêmios de Paris.
Os últimos dois séculos resultaram no surgimento de dezenas de bares e restaurantes espalhados pelas estreitas ruas e ladeiras do local. Assim, se perder no labirinto de ruas de Montmartre pode ser uma ótima ideia. Tem sempre algum barzinho perdido que você pode curtir mais o estilo e passar um tempo tomando uma cerveja (ou vinho, se quiser entrar mais no clima francês).
Basílica Sacré Coeur
Essa é a basílica com a melhor vista de Paris e a mais famosa de todo o bairro de Montmartre. Como já havíamos comentado no nosso post dos melhores lugares para ver Paris de cima, a Basílica de Sacré Coeur fica no ponto mais alto da Cidade Luz.
Fundada em 1914, o panorama da histórica construção acaba passando despercebido por muitos turistas em visita à Paris.
Isso porque ao verem a distância da Sacré Coeur dos demais pontos turísticos badalados, muitos acabam deixando o local em segundo plano.
Não faça isso. Tente apreciar um dos melhores endereços da cidade, mesmo que não seja o melhor ângulo para ver a Torre Eiffel.
35 Rue du Chevalier de la Barre. Site
De segunda a domingo, das 6h às 22h30.
- Salão principal: acesso gratuito.
- Cripta: acesso gratuito.
- Domo: 6 euros.
Museu de Montmartre
O Museu de Montmartre foi a casa de Renoir em 1876 e, em seguida, de outros artistas conhecidos como Maurice Utrillo e Raoul Dufy, antes de ser convertido em museu em 1960.
Esse espaço preserva um acervo de pinturas que contam a história do bairro boêmio, mantendo toda a arquitetura das antigas casas da região.
Ele também abriga um café, ideal para admirar os famosos jardins que inspiraram obras de Renoir, o que já valeria a visita por si só.
12 Rue Cortot. Site
- Museu:
- Segunda a domingo: 10h às 18h de outubro a março
- Segunda a domingo: 10h às 19h, de abril a setembro
- Café Renoir:
- Quarta a domingo: 13h30 às 17h (outubro a abril)
- Adultos: 13 euros
- Jovens (10 a 17 anos): 7 euros
- Crianças (menores de 10 anos): gratuito
- Entrada apenas para os jardins: 5 euros
Le mur des je t’aime – o muro do Eu te Amo
O Le mur des je t’aime, ou muro dos eu te amo, é um painel de 40 metros quadrados que fica dentro do parque Jehan Rictus, criado por Frédéric Baron.
O artista montou uma obra feita de ladrilhos escuros onde escreveu Eu te Amo em diferentes línguas.
Baron reuniu em sua obra mais de 300 idiomas da frase que faz parte da rotina de famílias, amigos e parceiros apaixonados há séculos. Existe até um site dedicado para o mural.
O Le mur des je t’aime é uma grata surpresa e rende ótimas fotos. Ela é gratuita e fica em exposição no parque Jehan Rictus.
Place des Abbesses, Parque Jehan Rictus
- Segunda à sexta: 8h
- Sábados, domingos e feriados: 9h
- Janeiro: às 17h30.
- Fevereiro até 1 de março: 18h00
- 2 de março a 15 de abril: 19h.
- 16 de abril a 15 de maio: 21h
- 16 de maio a 31 de agosto: 21h30
- 1 de setembro a 30 de setembro: 20h
- 1 de outubro até a mudança do horário de inverno: 18h30
- À partir da mudança de horário de inverno até 31 de dezembro: 17h30.
Em Paris, o horário de fechamento de parques, praças e jardins mudam em função da época do ano, enquanto os horários de abertura se mantém os mesmos durante o ano todo.
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Place du Tertre
Se Montmartre é o bairro dos pintores então era na Place du Tertre o ponto de encontro. Essa praça, fundada em 1366, é uma viagem no tempo.
Dezenas de expositores de rua se reúnem para mostrar suas obras nessa praça e ainda mantém a tradição de destino artístico do bairro.
Além disso, é nas ruas que contornam a praça onde você encontra os cafés mais característicos da região, espaços onde artistas famosos pararam para tomar café e, provavelmente, conversar sobre a Belle Époque.
Place du Tertre
Todos os dias: aberto 24 horas.
Dalí Paris
O Dalí Paris é uma exposição permanente do artista espanhol Salvador Dalí. O acervo reúne cerca de 300 obras, em um espaço renovado em 2018.
A cerca de dois quarteirões da Basílica de Sacre Coeur, a exposição de Dalí firma os laços artísticos de Montmartre, se tornando mais um atrativo para os apaixonados pelo mundo das artes.
11, rue Poulbot. Site
Segunda à domingo: 10h às 18h30
- Adultos: 13 euros
- Jovens (de 8 a 24 anos): 9 euros
- Crianças (menores de 8 anos): gratuito
Place Emile Goudeau
A Place Emile Goudeau é quase uma homenagem geográfica a Montmartre. Diferente da Place du Tertre, o espaço de pedras é inclinado, por estar próxima da encosta da colina.
A praça foi nomeada em homenagem ao jornalista, romancista e compositor Emile Goudeau e traz um aspecto mais tranquilo, por não ser bem o point dos bares e cafés.
Assim, apesar de cheio, o local se torna uma alternativa para quem quer apenas relaxar um pouco e contemplar Montmartre.
14 Rue Ravignan
Todos os dias: aberto 24 horas
Buste de Dalida
A última praça dessa lista é onde fica o Buste de Dalida, uma homenagem à cantora egípcia Iolanda Cristina Gigliotti, mais conhecida como Dalida.
Hoje a praça tem seu nome e talvez uma das homenagens que mais se destacaram com o tempo, pois a praça dá acesso à rua considerada a mais bela de toda Paris, a rua L’Abrevouir, uma das mais arborizadas da Cidade Luz que ganha destaque no bairro de Montmartre.
Rue de l’Abreuvoir
Todos os dias: aberto 24 horas
Vignes dus Clos Montmartre
Os pequenos vinhedos da Vignes dus Clos Montmartre são uma herança do século 15 do bairro. Nessa época, a presença de plantações de uvas e moinhos era comum em toda a França, mesmo na capital do país.
As visitas as vinhas são organizadas pelo Comitê do Festival de Montmartre e podem ser reservadas no site do Museu de Montmartre.
Rue des Saules. Site
Sábado: às 14h30
35 euros
O famoso Moulin Rouge
O Moulin Rouge é a personificação da influência artística do Montmartre em Paris. Localizado no pé da colina, o espaço é um cabaré tradicional aberto em 1889.
Ele é o espaço artístico mais famoso do bairro e mantém as tradições estabelecidas na sua abertura no fim do século 19. A maior característica da construção é seu terraço com um moinho vermelho.
Sim, ele foi o principal cenário do filme de 2001 Moulin Rouge – Amor em Vermelho que conta a história de um jovem poeta que se muda para Montmartre e passa a conviver e se apaixonar por essa aura especial. Quem nunca se pegou cantarolando uma das canções desse musical, não é mesmo?
O espaço continua realizando diversas apresentações com datas, horários e valores que variam conforme o show. Só prepare-se para gastar um cadinho, pois um ingresso pode custar, em média, 100 euros. Veja ofertas de tickets para os espetáculos.
82 Boulevard de Clichy. Site
Todos os dias: apresentações às 13h; 14h45; 21h e 23h
A partir de 100 euros.