Berlim provavelmente não é a primeira cidade europeia que você lembra quando pensa em visitar palácios. Nesse assunto, Londres, Paris, Madri e Viena tendem a vir bem antes à mente. Mas a realidade é que a capital alemã tem vários e lindos representantes da categoria e costuma encantar quem ama esse tipo de construção e suas histórias.
Veja alguns palácios de Berlim para incluir no seu roteiro.
Quais palácios ver em Berlim?
Palácio Bellevue
Para você não se frustrar, já vamos avisando: não é possível fazer uma visita interna no Palácio Bellevue, a não ser no único dia do ano em que acontece o open day. Mesmo assim, você pode olhar o prédio por fora e dar uma espiada no enorme jardim em frente a ele.
Construído no século 18 para ser a residência do príncipe Augusto Fernando, da Prússia, o Palácio Bellevue também já foi museu, residência de líderes estrangeiros em visita e sede da corte imperial, até virar a segunda casa oficial do presidente da Alemanha e, mais tarde, a primeira casa oficial.
Hoje ele continua tendo essa função, mas já faz tempo que nenhum presidente mora ali de verdade e essa linda construção de linhas sóbrias (consideradas adequadas para uma residência oficial de um governante) é utilizada apenas em eventos nacionais, a maioria das vezes na recepção de líderes estrangeiros.
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Palácio Bellevue
- Endereço: Spreeweg 1. Site
- Horários: fechado ao público, exceto no open day que acontece uma vez ao ano (normalmente em setembro)
- Ingressos: a entrada é gratuita no open day
Palácio Charlottenburg
O maior palácio de Berlim foi inaugurado no ano 1699, numa área que, naquela época, era considerada fora da capital.
Hoje, essa antiga residência de verão da rainha Sophie Charlotte (vem daí o nome do palácio) fica pertinho de algumas das atrações mais concorridas da cidade, no bairro que também leva o nome da antiga rainha, batizado em sua homenagem após a sua morte (com apenas 36 anos).
Ainda nos tempos de Sophie Charlotte, o Charlottenburg era um lugar de encontro de poetas, artistas, músicos e filósofos, sempre convidados pela rainha para conhecerem os jardins magníficos e a arquitetura exuberante do prédio.
Depois ele ainda foi residência da rainha Louise (que hoje está no mausoléu dentro da propriedade) e, mais tarde, foi aberto ao público.
Hoje, visitar esse lugar tão lindo é uma das atividades mais concorridas em Berlim.
Palácio Charlottenburg
- Endereço: Spandauer Damm 10-22. Site
- Horários:
- De 1º de novembro a 31 de março: de terça a domingo, das 10 às 16h30; fechado na segunda
- De 1º de abril a 31 de outubro: de terça a domingo, das 10 às 17h30; fechado na segunda
- Ingressos: 17 euros, adulto
Palácio de Glienicke
Esse é para matar a saudades da Itália durante as suas férias em Berlim (ou para ter vontade de ir para lá também).
É que o Palácio de Glienicke foi construído num rompante de nostalgia do então príncipe Carlos, da Prússia, logo após sua primeira visita às terras italianas, em 1823.
Alguns anos depois, a obra foi concluída e o príncipe finalmente pode passear pela sua sonhada villa, como se estivesse no Mediterrâneo (ainda que precisasse de muita imaginação para isso, afinal o clima era de Berlim, né?).
Ninguém mais deu bola para o palácio depois da morte de Carlos e ele foi abandonado até a separação da Alemanha em duas partes, ficando do lado oriental do país. Logo se tornou um hotel e centro de esportes e entretenimento, mas voltou a ser um local histórico preservado após a reunificação. Hoje, ele é Patrimônio da Humanidade da Unesco.
Complemente seu roteiro:
Palácio de Glienicke
- Endereço: Königstraße 36. Site
- Horários:
- Em março, novembro e dezembro: aberto apenas no sábado e no domingo, das 10 às 16h
- Em janeiro e fevereiro: fechado
- De 1º de abril a 31 de outubro: de terça a domingo, das 10 às 17h30; fechado na segunda
- Ingressos: 6 euros, adulto
Palácio Schönhausen
Ao contrário de tantos outros, o Palácio Schönhausen não foi desses que um rei ou uma rainha mandou construir de uma hora para outra.
Na verdade, ele foi crescendo a partir de uma mansão que ficava na área (construída nos anos 1600) até ser oferecido como um presente de grego do rei Frederico II para a rainha Elisabeth Christine – porque o rei queria manter distância da rainha, que passou 50 verões ali, sem nunca ser visitada pelo marido.
Muito tempo depois desse climão real, o palácio serviu como um infame depósito para o que os nazistas consideravam “obras de arte degenerada” – o acervo roubado pelo governo nas propriedades das suas vítimas, que era vendido para o exterior quando possível.
Mais tarde, já sob domínio comunista soviético, ele foi transformado em uma casa de visitantes do regime em Berlim e recebeu figurões do peso de Indira Gandhi, Fidel Castro, Muammar Kaddafi, Kim Il-sung, Leonid Brezhnev e Mikhail Gorbachev.
Uma história e tanto, hein?
Não perca:
Palácio Schönhausen
- Endereço: Tschaikowskistraße 1. Site
- Horários:
- De 1º de novembro a 31 de março: aberto apenas no sábado e no domingo, das 10 às 16h
- De 1º de abril a 31 de outubro: de terça a domingo, das 10 às 17h30; fechado na segunda
- Ingressos: 6 euros, adulto