Museu Larco em Lima: tradição e cultura peruana

O Museu Larco é considerado um dos principais museus de Lima. São 5 mil anos de desenvolvimento da história peruana retratados através dos mais diversos tipos de objetos arqueológicos. Sua exibição em ordem cronológica facilita a compreensão de muitos aspectos das culturas pré-inca e inca.

O Museu Larco

45 mil obras? Um dia apenas para conhecer tudo isso?

Não se assuste, o museu não é grande e nem monótono. Na verdade, ele é uma ótima maneira de você começar a compreender os povos que fizeram parte da história do Peru, um país de tradições muito ricas e diferentes da nossa.

Os antigos povos peruanos honravam seus deuses com oferendas e cerimônias e costumavam fazer cultos a seus mortos. Como a morte sempre teve um papel importante para diversas culturas muitas das obras que admiramos hoje foram utilizadas como objetos cerimoniais e oferendas funerárias.

A trilogia Inca

O Condor (representate do mundo superior), o Puma (representate do mundo terrestre) e a Serpente (representante do mundo subterrâneo) são considerados os três animais sagrados do antigo Peru, formando a chamada trilogia inca dos três mundos.

Você perceberá a presença dessa trilogia cada vez mais forte à medida que visita Cusco, o Valle Sagrado e Machu Picchu durante sua viagem pelo Peru. Em diversos momentos a simples presença de formas que lembram 3 degraus de escadas indica a ligação entre esses mundos.

A sala mais controversa do Museu Larco

Uma das alas do Museu Larco costuma chamar a atenção, tanto pelo seu conteúdo, quanto pelas reações inusitadas de quem a visita.

A sala destinada às artes eróticas das culturas antigas do Peru mostra peças curiosas que contam um pouco da relação dos povos pré-incas e inca com seus corpos e sua sexualidade. É inevitável não ter alguma reação ao entrar na sala, seja um pequeno rubor na face, sejam risadas escondidas em frente a algumas peças mais polêmicas.

Museu Larco: um oásis dentro de Lima

O Museu Larco é um oásis no meio da loucura do cotidiano de Lima. Ele fica num belo casarão do século 18 e suas obras realmente o tornam único entre os museus, não somente do Peru, como de toda América do Sul.

Ao final da sua visita, não deixe de passar pelo café do museu, do chef Gastón Acurio, cuja decoração é delicada e a comida saborosa (o crème brulée é muito bem feito). Se estiver muito frio, eles ainda oferecem até uma matinha pra você se cobrir. Achei simpático 😉

O restaurante costuma ficar lotado na hora do almoço, por isso é interessante fazer uma reserva.