Se ao pensar na Polônia as primeiras imagens que aparecem são em guetos, União Soviética e frio, é hora de mudar essa chavinha. Apesar do seu passado triste, tanto pela ocupação nazista quanto pela tomada soviética, o país é belo, amistoso e me surpreendeu. E um destino que inventou a vodka não poderia ser chato, né?
Dicas para viajar pela Polônia
Não, a Polônia não é um lugar difícil de visitar, de se locomover ou de se encontrar. Se você já passou pelo menos por Praga, não terá dificuldades em se adaptar. Se não, não se preocupe, à primeira vista pode parecer um pouco opressor, mas isso é mais culpa do seu imaginário que do país em si 🙂 #beentheredonethat
A língua polonesa
A língua polonesa usa os mesmos caracteres ocidentais que nós com a adição de alguns acentos extras nas consoantes, mas nada que te impeça pelo menos de identificar para onde ir. Quase todo mundo com quem conversei falava inglês, por isso a comunicação nas grandes cidades e centros turísticos não deve ser nenhum problema.
Algo que me surpreendeu, contudo, foi a quantidade de pessoas que também falava pelo menos um pouco de português. Do barman do hotel a uma pessoa desconhecida no trem, ouvi bastante da nossa língua por lá. Pelo que entendi, isso acontece porque muitos poloneses vão fazer faculdade em Portugal.
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Zloty, a moeda da Polônia
Apesar de fazer parte da comunidade europeia, a Polônia não usa o euro ainda, assim como alguns países vizinhos como a República Tcheca e Hungria. Sendo assim, a moeda local zloty (abreviação PLN) ainda é usada e tem a conversão de aproximadamente 4 zloty para 1 euro (cotação feita dia 24/01/2017).
Uma boa notícia é que o país é mais acessível que o Brasil e mesmo que algo custe a mesma quantidade de unidades monetárias em zloty que em real, ele sairá mais barata. É uma país barato de se viajar.
Clima na Polônia
O clima na Polônia é frio o ano todo, mas eu podia jurar que era mais frio.
Quando viajei em dezembro, estava esperando temperaturas abaixo de -10C todo dia, daquelas que fazem até as lágrimas congelarem, mas a realidade foi outra. Elas estavam negativas e o vento ajudava a piorar a sensação térmica, mas nada que fosse muito além dos -5C. Ufa!
Não se iluda, é possível que a temperatura caia para abaixo disso em alguns poucos dias no ano, principalmente nas montanhas e fora dos centros urbanos, e, se eu te disser que no verão as temperaturas dificilmente superam os 20-25C, você vai entender por que considero a Polônia um país frio para os padrões tupiniquins.
Segundo os sites de previsão do tempo, as máximas médias nos meses de maio a setembro ficam em 20C, enquanto as mínimas de dezembro a fevereiro as podem chegar a -10C. Nessa época, a neve é bastante comum principalmente nas áreas afastadas das cidades.
Qual a melhor época para visitar a Polônia?
A melhor época para visitar a Polônia é no verão, no fim da primavera e no início do outono, entre os meses de maio e setembro, pois nesse período o frio não é muito forte e os dias são mais longos.
Vocês já repararam como nós não ligamos muito para a época do ano com relação à duração do dia? Na Europa isso conta muito e, quando estava em Varsóvia, fiquei perdido e tinha de lutar com meu cérebro pra aceitar que às 15h em dezembro o dia já estava acabando. Quando terminávamos de almoçar por volta das 16h (eles almoçam entre 14-15h) já estava escurecendo e meu corpo só pensava em ir pro hotel dormir. Era uma sensação estranha.
É preciso visto para entrar na Polônia?
Não, nós brasileiros não precisamos de visto para entrar no país.
Como chegar e como viajar pela Polônia?
Não há voos diretos entre a Polônia e o Brasil, por isso você certamente fará uma escala em algum dos grandes hubs como Portugal (TAP), Holanda (KLM), Alemanha (Lufthansa) e Espanha (Iberia).
Já para circular pelo país o ideal é usar o sistema de trem e transporte público, temas de um próximo post, ou alugar um carro em alguns trechos.
Em Varsóvia é possível se locomover usando o transporte público. Já em Cracóvia não vale a pena usar o carro para passear apenas pela cidade, pois o centro histórico é pequeno e estreito.
Em resumo, para ficar apenas entre Varsóvia e Cracóvia, o transporte público é suficiente. Se você quiser visitar os arredores dessas duas cidades, alugar um carro é obrigatório, porque o sistema de trens entre lugares pequenos não é prático.
É seguro viajar pela Polônia?
Sim, sim! Claro que, em aglomerações sempre pode haver batedores de carteira como em todo lugar. Em momento algum me senti inseguro em carregar minha câmera no pescoço ou em tirar o celular do bolso, nem mesmo quando fui num bar que ficava aberto de madrugada e tive de voltar a pé no escuro.
Outras dicas
- O padrão de tomadas é o chamado europeu, ou seja, dois pinos redondos. Por isso, se seu aparelho tem os três pinos brasileiros, você precisará de um adaptador de tomadas.
- A comida mais típica é o pierogi, uma espécie de pastel cozido que lembra um ravióli. Ele pode ser servido como sopa ou frito (meu preferido).
- O fuso horário é o da Europa Central (CET) ou GMT+1. Isso significa que eles estão de 2 a 4h à frente de nós, dependendo da época do ano.
- Vodka é assunto sério por lá e beber uma dose da bebida pura é normal. Por isso, fique à vontade para provar os diferentes tipos, pois elas são realmente boas.
O Sundaycooks viajou para a Polônia a convite da Organização Polonesa de Turismo e da TAP Portugal.
Fui pra Polônia no ano passado e fiquei apaixonada, é um País lindíssimo.Gostei mesmo de Varsóvia, conheci pessoas maravilhosas, onde me acolheram com muito carinho.
Um dia se eu tiver oportunidade gostaria de voltar.
Oi Penha. A polônia é surpreendente mesmo. Volte sim, pois o país é muito interessante e Cracóvia é ainda mais charmosa que varsóvia 😉
Viajei para fora do Brasil 2 vezes e ambas foram para esse país espetacular! Em 2013 por 4 semanas num intercambio universitario e 10 dias em dez/2016 (com direito a natal polonês) com a familia. Conheci a Polônia de norte a sul e me apaixonei pela população educada e bem receptiva deste país.
Engraçado é saber que este pequeno país não é nossa primeira opção quando falamos de Europa, mas eu gosto de falar que a Polonia pode ter um “resumão” do que você pode considerar como “turismo europeu”, pois não temos somente campos de concentração, mas também um santuario nacional em Czestohowa, assim como inúmeras igrejas ao longo das cidades (maiores ou menores, catolicas ou não), o maior castelo do mundo em area construida, em Malbork, ou o castelo de Wawel em Krakow, a mina de sal em Wieliczka, o ambar (jantar) em Gdainsk, as montanhas em Zakopane, dentre muitas outras atrações historicas deste pais (museus, parques, etc).
Não tive tanta sorte em relação ao numero de pessoas que falam português no país, ou até mesmo inglês, mas mesmo assim tive uma ótima recepção polaka e mesmo não sabendo me comunicar, as pessoas tentavam se fazer entender (mesmo que seja ela repetindo 5x em polones e eu fazendo mimica) ou até mesmo um desconhecido chegar e ajudar a ambos.
Olá, Samyra!
Que legal seu relato 🙂 obrigada por compartilhar sua experiência.
Também queria muito conhecer a Polônia. Oena que o Fred foi sozinho nessa viagem.
Vou à Cracóvia em maio deste ano e gostaria de visitar Auschwitz. Você recomenda fazer o passeio com um guia ou posso fazer sozinha?
Obrigada
Katia, para ir à aushwitz (museu de aushwitz na vdd, situado na cidade de oświęcim, perto de krakow), vc pode ir sozinha pegar uma van ou onibus, é super tranquilo. O nome é o da cidade e a parada tem o nome do museu. Tem van/onibus d hora em hora q sai ali da rodoviaria central e eles semprem ajudam em relação aos turistas q qrem conhecer o museu. Existe a opção de vc ir com uma agencia d turismo, mas eu não recomendo pq é mt mais caro.
Lá dentro do campo d concentração, vc pode tanto ir sozinha como ir com algum guia deles mesmo (existe grupos d tempos em tempos com os idiomas ingles, espanhol, frances, alemão). Tudo de graça! (Ate onde eu me lembre, rsrs)
Eu recomendo vc ir com o guia sim, pois eles contam mts fatos históricos ao invés de vc apenas ser um observador do museu.
Oi, Samyra.
Obrigada por compartilhar essa informação.
Oi, Kátia. Tudo bem?
O Fred fez um tour pela Cracóvia com uma guia que falava português. Vou procurar o contato dela e te respondo em breve 😉