Quase um ano e meio se passou desde que publicamos a primeira versão desse posts onde tentávamos explicar e acalmar os leitores mostrando que o vírus que surgia na Ásia ainda estava longe de afetar as férias dos brasileiros. Com o passar dos meses, esse espaço se transformou num grande repositório de informações sobre as fronteiras se fechando e o agravamento da pandemia pelo mundo afora.

E hoje, já nos aproximamos da metade de 2021, o coronavírus segue dominando a pauta global. Sinal de que, embora alguns países avancem em seus programas de vacinação, a pandemia de Covid-19 (decretada pela Organização Mundial de Saúde em março de 2020) ainda causa perdas tangíveis e intangíveis ao redor do mundo.

Neste cenário, o turismo mundial tem sido afetado fortemente. No primeiro momento, houve fechamento de fronteiras de diversos países, atrações populares suspendendo as atividades e muitos voos cancelados.

Desde então, pela não-linearidade da evolução da doença, de acordo com as medidas adotadas por cada nação, as regras têm sido modificadas constantemente, tanto em termos de fronteiras, quanto em recebimento de estrangeiros.

Diante deste panorama, trazemos mais informações sobre a situação geral da Covid-19 no mundo e algumas instruções importantes para que você fique por dentro dos impactos da pandemia no turismo.

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O que é o novo coronavírus?

A essa altura, você já deveria saber do que se trata. Mas vamos lá: o novo coronavírus (SARS-CoV-2) é pertencente a uma família de vírus (não diga?!) causadora, sobretudo, de condições respiratórias sérias. Desde dezembro de 2019, ele tem circulado de maneira avassaladora no mundo, tendo início da disseminação em Wuhan, na China.

À doença causada por esse vírus, se deu o nome de Covid-19. O principal canal de transmissão é por meio de gotículas respiratórias durante o contato próximo (menos de um metro). A doença também se espalha com transmissão por aerossol, quando gotículas contendo o vírus permanecem suspensas no ar e são levadas por distâncias maiores que um metro.

Por tudo isso, são importantes para se proteger do vírus medidas não-farmacológicas como distanciamento social, etiqueta respiratória e de higienização das mãos, uso de máscaras (N95 / PFF2 de preferência), limpeza e desinfecção de ambientes, isolamento de casos suspeitos e confirmados, além de quarentena dos contatos dos casos de Covid-19.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o mundo acumula* quase 150 milhões de infectados e mais de três milhões de mortes. No Brasil, o cenário também é de caos*: já são 14 milhões de infectados e mais 400 mil mortos.

Os sintomas mais comuns da Covid-19 são: febre, tosse seca e cansaço. Em menor proporção, também são relatadas dores no corpo, na cabeça e na garganta, diarreia, conjuntivite, perda de paladar e olfato e erupções na pele.

Casos mais graves da doença incluem dificuldades para respirar e falta de ar, dores ou pressão no peito e perda de fala e movimento. Desdobramentos em longo prazo da doença ainda estão sob investigação de médicos e pesquisadores.

O Ministério da Saúde indica: se estiver doente e com sintomas compatíveis com a Covid-19, procure imediatamente um atendimento nos serviços de saúde e siga as orientações médicas. O atendimento imediato pode salvar vidas. Além disso, ao sinal de qualquer sintoma, evite contato físico com outras pessoas, incluindo familiares, principalmente os idosos e doentes crônicos.

*Informações de 20 de abril de 2021.

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Não viaje sem seguro!

No Sundaycooks, sempre ressaltamos o quão importante é contratar um seguro viagem quando vamos a outro país. Não somente para ter assistência em caso de problemas com o voo ou a mala, mas para que você fique mais tranquilo caso seja necessário ir ao médico no exterior.

Normalmente, as pandemias são consideradas como riscos excluídos nos contratos das seguradoras. Nesses casos, a obrigação legal da empresa seria somente dar assistência até o momento do diagnóstico da doença. A partir daí, o segurado estaria por contra própria durante a viagem, seguindo as normas de tratamento de cada país.

Entretanto, como comentamos no post sobre seguros viagens e coronavírus, a pandemia de Covid-19 ainda parece longe do fim e muitas empresas estão oferecendo cobertura para a doença, seja dentro dos seus planos regulares ou como um produto adicional a ser contratado. Mesmo em viagens domésticas, há companhias que oferecem o serviço.

Nossa dica é buscar uma das empresas que cubra as despesas médicas e hospitalares em tratamentos de Covid-19, além do traslado de corpo para óbitos relacionados à doença.

Além disso, sempre recomendamos que pesquisem por seguros que cubram despesas por atrasos de voos e extravio de bagagens. É ruim quando alguma dessas coisas acontece, mas saber que você tem direito à assistência faz com que o perrengue pareça menor.

Já diziam nossas sábias avós: seguro morreu de velho! Lembrando que o seguro viagem é obrigatório em diversos países.

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Coronavírus: novas regras nos aeroportos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde março de 2020, tem atuado para conter a contaminação a transmissão do coronavírus nos aeroportos.

Desde 25 de março de 2021, inclusive, estão valendo novas regras determinadas pela Agência para a circulação em aeroportos e embarque nas aeronaves. Com o intuito de aumentar a proteção contra a Covid-19, será cobrado mais rigor no uso das máscaras. (antes tarde do que nunca)

Dessa maneira, máscaras de acrílico, com válvulas de expiração, de tecido com uma só camada, bandanas e lenços são alguns dos acessórios que passam a ser proibidos.

A Anvisa afirma que fará a fiscalização sanitária de forma rotineira, mas que mais importante é a conscientização da população. O objetivo do órgão não é repreender, mas educar para que todos contribuam.

Para tirar dúvidas, acesse o manual com perguntas e respostas sobre uso de máscaras de proteção facial em aeroportos e aeronaves preparado pela Anvisa.

As companhias aéreas também têm suas regras de comportamento dentro dos voos, mas, de forma geral, todas exigem uso de máscaras apropriadas durante a viagem. O serviço de bordo foi suspenso para voos mais curtos e pede-se que as pessoas respeitem o uso da máscara corretamente, ou seja, cobrindo todo o nariz. É importante ficar atento às normas nos voos e aeroportos do país de destino (ou de conexão) – há nações, como o Peru, que exigem máscara cirúrgica e face shield no desembarque. Essas informações normalmente constam no site das próprias empresas ou das Embaixadas e Consulados.

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Covid-19: devo cancelar minha viagem?

Com o Brasil sendo um dos piores (ou o pior) países a lidar com a pandemia, diversos governos impõem restrições, mais ou menos severas, a seus cidadãos. Atualmente, somente recebem brasileiros livremente as seguintes nações: Afeganistão, Albânia, México, Costa Rica, Nauru, República Centro Africana e Tonga. *Informação de 20 de abril de 2021. Na hora de (re)fazer planos, busque as últimas informações disponíveis para não ser surpreendido.

Então, caso seja inevitável viajar, é bom conferir com atenção, nas embaixadas e consulados do país de destino (e pontos de conexão), quais são as normas exigidas caso a caso. Uma ótima e segura fonte de consulta é o site da IATA (International Air Transport Association). Eles criaram duas páginas com informações atualizadas sobre as regras das fronteiras de cada destino. Acesse: IATA Travel Centre.

Para quem voa do Brasil à China, por exemplo, é exigida uma declaração de estado de saúde, a ser submetida a embaixada ou aos consulados, prometendo implementar “círculo fechado” após conclusão de testes.

Além disso, são exigidos certificados negativos para as testagens de ácido nucleico (PCR) e IgM anti-corpo para Covid-19, marcação de testes no país de transferência e certificado de vacina, quando disponível. Também é “fortemente recomendada” quarentena voluntária.

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As viagens de brasileiros às nações da União Europeia também estão limitadas às viagens essenciais. Ou seja, só podem ingressar cidadãos com passaporte europeu, familiares de um cidadão europeu ou nacionais de países terceiros que viajem para fins profissionais, fins humanitários, de estudo, de saúde, entre outras exceções.

Muitos dos países europeus, inclusive, mantêm nesse momento uma suspensão de pouso de voos comerciais e privados vindos do Brasil. Parte desse receio se deve às novas variantes que estão sendo identificadas por aqui, cuja imunização ainda não foi verificada pelas principais vacinas disponíveis.

Caso a sua viagem se encaixe nas exceções e você realmente necessite ir à Europa, acesse o site da União Europeia para verificar as medidas específicas que cada país tem adotado neste momento.

O Reino Unido também mantém uma lista vermelha de países, na qual o Brasil está incluído. Dessa maneira, os brasileiros ou quem quer que tenha passado por aqui nos 10 dias anteriores ao desembarque, serão impedidos de ingressar na região.

Cidadãos britânicos e irlandeses ou residentes do Reino Unido poderão entrar, desde que façam quarentena de 10 dias em um hotel aprovado pelo governo. As medidas também valem para os que entrem na região por meio de alguma das exceções vigentes.

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Com Joe Biden empossado, os Estados Unidos atualizaram as normas em relação ao coronavírus em janeiro de 2021. A proclamação restringiu o acesso ao país para viajantes brasileiros – o que não se aplica a cidadãos estadunidenses ou com residência permanente nos EUA.

As novas regras preveem algumas exceções, como nos casos de diplomatas, familiares (cônjuges, filhos, pais e irmãos) de cidadãos estadunidenses ou com residência legal no país. Os detalhes podem ser acessados aqui.

A maioria das informações desta seção foi retirada das fontes no dia 20 de abril. Portanto, verifique os sites oficiais quando for planejar a sua viagem e veja o que está vigente atualmente.

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Impactos da pandemia na aviação

Desde o início de 2020, as companhias aéreas têm sofrido enorme em impacto decorrente da pandemia de Covid-19. No Brasil, por exemplo, no auge da crise até 100% dos voos internacionais e 90% dos nacionais foram suspensos. Rotas que estavam planejadas foram canceladas e outras se tornaram definitivamente inoperante.

Segundo informações da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), a demanda global por viagens aéreas registrou queda de 74,7% em fevereiro de 2021 em relação a fevereiro de 2019.

No Brasil, como informa a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a malha doméstica recuou, em março de 2021, para 36,8% da oferta de voos que existia no início de março de 2020, antes das medidas de isolamento social e de fechamento de fronteiras. Atualmente, a média das companhias é de 882 partidas diárias. Em janeiro de 2021, chegou a ser de 1.798 (75% da demanda pré-crise).

Para além do foco nas empresas, muitos viajantes foram prejudicados com cancelamento e alteração de passagens quando a pandemia chegou ao Brasil. Com a persistência da crise e a retomada parcial dos voos, as aéreas agora oferecem condições diferentes de cancelamentos, remarcações e reembolsos. Veja como remarcar ou cancelar sua passagem.

Santiago: como ir do aeroporto ao centro? de transporte público

Covid-19 e os cruzeiros

Quando a pandemia de Covid-19 estourou, diversos navios com milhares de passageiros tiveram de ficar isolados e em quarentena. Muitas empresas, inclusive, optaram por alterar datas, remover paradas ou cancelar o itinerário de seus transatlânticos.

Neste momento, entretanto, os cruzeiros já têm voltado a operar. Quase todas as companhias adotam um protocolo rígido de testagem e distanciamento social, além de terem flexibilizado o cancelamento e a remarcação da viagem, sobretudo dentro da mesma temporada.

São medidas de segurança observadas nos guias das principais companhias: testagem pré-embarque e durante viagem, ocupação parcial da embarcação para permitir maior distanciamento, sanitização de espaços e bagagens, uso de máscaras, sistemas adequados de refrigeração, além de centros médicos completamente equipados para emergências, entre outras. Algumas empresas estão cogitando voltar operar apenas com a frota de tripulantes e passageiros apenas 100% vacinados e testados.

Os funcionários também estão sendo submetidos às mesmas normas e, por vezes, a períodos de isolamento antes do embarque. Em relação aos passeios fora das embarcações, as empresas estão optando por excursões em grupos menores, com profissionais parceiros que também são submetidos a verificações de segurança e saúde.

Desta forma, é essencial consultar com atenção o site da empresa de cruzeiros em que você pretende viajar para verificar se ela cumpre com o que você entende por requisitos mínimos de segurança. Além disso, recomendamos pesquisar as condições de remarcação ou cancelamento oferecido por cada uma delas. Ainda não há uma data para o retorno das operações dos grandes cruzeiros pelo litoral do Brasil. Esse verão no hemisfério norte será decisivo para o futuro desse setor.

Passaporte vacina: covid-19

Enfim, cancelar viagem ou não?

Em resumo, a pedida da vez é, novamente, ficar em casa ou buscar lugares de turismo de isolamento. O ideal é adiar os planos e monitorar a situação da pandemia de Covid-19 ao redor do mundo. Mesmo porque, em diversos casos, você nem poderá sair do Brasil até que a situação melhore por aqui. Ainda vai levar um bom tempo até que os turistas brasileiros voltem a ser bem recebidos fora de casa.

Se possível, tente não cancelar a sua viagem, mas sim remarcar as datas, minimizando as dores de cabeça. Muito embora ainda seja difícil fazer planos, nós sabemos! Então, caso precise seguir com o cancelamento das contratações, siga as dicas que reunimos por aqui.

Destino de isolamento - Ilhabela / SP